A mediana das proje��es para o IPCA de 2016 teve uma leve queda no Relat�rio de Mercado Focus - o �ltimo divulgado pelo Banco Central neste ano. Agora, a taxa est� em 6,86% ante 6,87% da semana passada e de 6,64% de quatro semanas atr�s. Os dados foram apresentados na manh� desta segunda-feira, 28, pelo Banco Central, que j� avisou n�o focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a infla��o para o centro da meta.
Em 2015, a mediana das previs�es avan�ou de 10,70% para 10,72%, registrando a 15ª semana consecutiva em que h� alta das estimativas para esta vari�vel. H� quatro edi��es do documento, a mediana estava em 10,38%. No Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa permaneceu em 10,77%. H� quatro semanas, essa mediana estava em 10,56%. Para 2016, o grupo dos analistas que costuma acertar mais as estimativas elevou a perspectiva para o IPCA de 7,28% para 7,39%. Quatro edi��es atr�s do boletim Focus, estava em 7,07%.
No Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) divulgado na semana passada, o BC apresentou estimativa de 10,8% para este ano no cen�rio de refer�ncia. Pelos c�lculos da institui��o revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 5,3% para 6,2% no cen�rio de refer�ncia.
Para a infla��o de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,98% para 1,00% de uma semana para outra ante taxa de 0,85% verificada h� um m�s. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra. Quatro semanas atr�s estava em 0,83%. J� as expectativas para a infla��o suavizada 12 meses � frente ca�ram, passando de 7,04% para 6,98% - quatro edi��es atr�s estavam em 7,08%.
O mercado financeiro manteve as previs�es para a infla��o de 2017 a 2019 inalteradas em rela��o � semana passada, na abertura do Relat�rio Focus. Apesar disso, houve varia��o durante a semana. De acordo com o documento, o IPCA deve encerrar 2017, que � para onde o BC mira para levar a infla��o para a meta, em 5,17%, como j� revelava a pesquisa da �ltima semana. Desde ent�o, no entanto, a mediana das previs�es ficou em 5,14%, at� voltar para o patamar de 5,17%.
Para 2018 e 2019, n�o houve altera��es de estimativas ao longo de toda a semana. Para os analistas consultados, a infla��o de 2018 deve encerrar em 5,00% e a de 2019, em 4,50%.
O grupo dos cinco economistas que costumam ter as expectativas mais pr�ximas da realidade no m�dio prazo - denominados grupo Top 5 - tamb�m manteve suas proje��es para o comportamento da infla��o nos pr�ximos anos. O IPCA de 2017 ficou em 5,50%, mesma proje��o da semana passada.
Para 2018, o dado tamb�m ficou est�vel em 5,50%. No caso de 2019, a mediana das previs�es desse grupo permaneceu em 5,25%.
Pre�os administrados
Com o ano prestes a acabar, as proje��es do mercado financeiro para os pre�os administrados de 2015 est�o est�veis. De acordo com o Relat�rio Focus, a mediana das expectativas para este ano ficou em 18,00% nesta semana. Estava em 17,50% quatro edi��es atr�s do documento.
Para 2016, a mediana das estimativas para os pre�os administrados tamb�m permaneceu est�vel, estimada em 7,50% nesta e na �ltima semana. H� um m�s, a mediana das estimativas para essa vari�vel estava em 7,08%.
Essa piora das previs�es para o ano que vem deve incomodar o Banco Central, que conta com uma forte desacelera��o dos pre�os monitorados pelo governo para deixar o IPCA abaixo do teto da meta em 2016.
Em sua �ltima ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), o Banco Central voltou a revisar para cima sua proje��o para os pre�os administrados de 2015 e 2016. Pelos c�lculos do colegiado, o avan�o ser� de 17,7% este ano, e n�o mais de 16,9% como constava na edi��o anterior. Para 2016, a diretoria prev� taxa de 5,9% ante varia��o de 5,8% apresentada na ata anterior.
Para estimar a eleva��o desses itens, o BC considerou uma alta de 52,3% da tarifa de energia el�trica este ano - na edi��o anterior, a previs�o era de 51,7%. A diretoria tamb�m levou em conta a hip�tese de eleva��o de 17,6% do pre�o da gasolina (antes estava em 15%) e de alta de 21,7% do pre�o do botij�o de g�s, substituindo a taxa de 19,9%.