Janeiro come�a com press�es em energia, �nibus, �gua e esgoto e ICMS, diz IBGE

Rio, 08 - Ap�s um ano marcado por aumentos em pre�os administrados pelo governo, o ano de 2016 come�a com fortes press�es justamente nos monitorados. Reajustes em energia el�trica, �nibus, taxa de �gua e esgoto, ICMS (principal imposto estadual), entre outros, devem impactar a infla��o j� em janeiro, listou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Em 2015, os tr�s primeiros meses do ano tamb�m foram marcados por aumentos em administrados, reajustes que acabaram gerando press�es de custos para outros itens. Essa contamina��o fez com que o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse o ano com 160 de seus 373 itens com alta superior a 10%. No in�cio de 2015, eram 91 itens.

A coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, prefere n�o dar certeza de que essa din�mica se repetir� em 2016, diante dos novos reajustes em monitorados. Tampouco, assegurou que os pre�os estar�o livres dessa press�o. "Janeiro vai concentrar alguns reajustes expressivos e de peso no or�amento das fam�lias. A depender do que vai acontecer daqui para frente, pode ser ou n�o que se distribua, que contamine outros meses", disse.

Em janeiro, a protagonista da infla��o deve ser a tarifa de �nibus urbano. J� foram anunciados aumentos no Rio de Janeiro (11,76%, desde 2 de janeiro), Belo Horizonte (8,82% em 3 de janeiro), S�o Paulo (8,57% em 9 de janeiro) e Salvador (10,0% em 2 de janeiro). Todas s�o cidades t�m peso dentro do IPCA, segundo o IBGE.

Os transportes, ali�s, ser�o os campe�es de aumentos no primeiro m�s do ano. Isso porque houve ainda alta de 8,57% no trem e no metr� de S�o Paulo, al�m de reajuste de 20,0% no �nibus interestadual em Goi�nia em meados de dezembro.

No �nibus intermunicipal, as press�es vir�o de Rio de Janeiro (10,48% em 10 de janeiro), Belo Horizonte (12,66% em 3 de janeiro), Fortaleza (10,83% em 27 de dezembro) e Salvador (9,30% em 2 de janeiro). Haver� ainda impacto dos reajustes nas tarifas de t�xi em Porto Alegre (7,82% em 5 de janeiro), Rio de Janeiro (10,5% em 2 de janeiro) e Recife (9,93% em 1� de janeiro).

No caso da taxa de �gua e esgoto, haver� aumento de 20,0% em Bel�m a partir de 23 de janeiro - a cidade estava havia sete anos sem reajustar a conta. Tamb�m ficaram mais caras as faturas em Fortaleza (8,47% em 19 de dezembro) e Campo Grande (10,36% em 3 de janeiro).

A energia el�trica, vil� de 2015, ainda aparecer� t�mida em janeiro. Os aumentos a serem incorporados no IPCA incidiram sobre a parcela referente � contribui��o para ilumina��o p�blica. Em S�o Paulo, a alta nesse item foi de 73% em janeiro. J� em Curitiba, o avan�o de 18% come�ou em 8 de dezembro, mas n�o foi agrupado no IPCA do m�s passado e, por isso, vai impactar em janeiro.

Outros aumentos vir�o do g�s encanado no Rio de Janeiro (8,88% em 1� de janeiro) e dos cigarros (10% a 20%, conforme a marca, em 31 de dezembro).

O ICMS, principal imposto estadual, tamb�m ser� mais alto em janeiro em pelo menos tr�s regi�es do IPCA. Em Porto Alegre, as novas al�quotas passaram a vigorar em 1� de janeiro e incidem em diversos produtos, desde cerveja at� energia el�trica e itens de comunica��o.

Em Belo Horizonte, os porcentuais ainda n�o foram mapeados, mas devem incidir sobre grande quantidade de itens. Em Bras�lia, o ICMS aumentou a partir de janeiro para os combust�veis. Na gasolina, a al�quota passou de 25% para 28%, enquanto no diesel a mudan�a foi de 12% para 15%.