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Estado de Minas

Investidores esperam mais volatilidade nesta semana nos mercados da China


postado em 10/01/2016 08:49

Pequim, 10 (AE) - Os investidores chineses preparam-se para mais volatilidade no mercado acion�rio e no cambial nesta semana, ap�s uma crise de confian�a no gerenciamento da economia por Pequim causar turbul�ncias nos mercados nos primeiros dias de negocia��o de 2016. No topo da lista de desejos dos investidores est� uma maior clareza do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em ingl�s) sobre sua pol�tica para o yuan e uma melhor comunica��o do regulador do mercado de a��es do pa�s.

As a��es na China recuaram 10% na �ltima semana, enquanto Pequim permitia uma desvaloriza��o maior que a prevista do yuan ante o d�lar. A postura da China gerou mais preocupa��es entre os formuladores de pol�tica monet�ria sobre a condi��o econ�mica desse pa�s.

Investidores e operadores tamb�m ficaram confusos com o novo sistema de circuit breaker, segundo o qual as negocia��es seriam encerradas no dia sempre que um �ndice acion�rio do pa�s recuasse 7%. Na quinta-feira, as bolsas de Xangai e Shenzhen fecharam apenas 29 minutos ap�s abrir, em meio a uma fren�tica onda de vendas de pap�is.

Em Hong Kong, a queda semanal da bolsa foi de 6,7%, puxada pelas companhias chinesas listadas ali. O �ndice pan-europeu Stoxx 600 caiu 6,7%, seu maior decl�nio semanal porcentual desde 2011. Em Nova York, o �ndice Dow Jones recuou mais de mil pontos, ou 6,2% na semana.

Sem medidas espec�ficas de pol�tica atualmente previstas, investidores observam qualquer declara��o de autoridade chinesa que possa mudar as avalia��es.

"O mercado deve recuperar parte das perdas nesta semana, mas isso depende de qu�o bem o regulador pode restaurar a confian�a do investidor", afirmou Deng Wenyuan, analista da corretora Soochow Securities, sediada em Suzhou. "N�o ser� f�cil."

As a��es se recuperaram um pouco na China na sexta-feira, ap�s a Comiss�o Regulat�ria de A��es do pa�s informar na quinta-feira que continuar� a restringir a possibilidade de que os grandes detentores vendam seus pap�is. Al�m disso, o �rg�o tamb�m suspendeu o funcionamento do novo sistema de circuit breaker.

Ainda assim, a confian�a entre o ex�rcito de investidores do varejo que domina os neg�cios nos mercados chineses segue fraca. Um deles, a investidora Jiang Binbin, disse que as coisas aconteceram t�o r�pido que ela n�o conseguiu reduzir o montante de tr�s a��es que possui listadas em Xangai e Shenzhen antes da interrup��o dos neg�cios. "O sistema � cheio de brechas que os especuladores podem explorar", afirmou ela. "No curto prazo, certamente me manterei afastada - isso � provavelmente a melhor coisa a se fazer, em um mercado onde o regulador muda muito de posi��o."

Na sexta-feira, o PBoC orientou o yuan para cima pela primeira vez em nove sess�es, por meio da taxa di�ria para a moeda ante o d�lar, interrompendo uma s�rie de dias em que o banco central deixou a divisa se desvalorizar. O PBoC estabelece a taxa de paridade do yuan ante o d�lar a cada manh�, deixando que a moeda flutue 2% para mais ou para menos no mercado dom�stico. Ao mesmo tempo, o yuan � negociado livremente em mercados offshore, onde tem ca�do fortemente, desde que investidores passaram a apostar que o banco central continuar� a deixar a moeda recuar.

Autoridades chinesas enfrentam cada vez mais press�o para ajustar e explicar suas pol�ticas em tempo real, incluindo sua orienta��o para o yuan. Uma moeda mais fraca deveria, em teoria, fortalecer as exporta��es chinesas. Mas uma r�pida deprecia��o aumenta o risco de uma guerra cambial global e de mais volatilidade nos mercados financeiros, caso os investidores vejam isso como mais um sinal de vulnerabilidade na segunda maior economia do mundo.

"A pol�tica do banco central depende de como o mercado e a economia da China v�o, bem como de que maneira os mercados pelo mundo reagem", afirmou Jiwu Chen, executivo-chefe da corretora VStone Asset Management, sediada em Xangai, que gerencia cerda de US$ 2 bilh�es. "Eu n�o acho que o banco central tenha de nenhuma maneira decidido para onde o yuan deveria ir", afirmou ele. "N�o espero que a pol�tica fique estagnada."

As pr�ximas pistas sobre a condi��o da economia chinesa ser�o dadas nesta semana, quando saem dados de oferta monet�ria e empr�stimos a bancos, nesta segunda-feira, e sobre a balan�a comercial de dezembro, na quarta-feira.

H� uma "forte possibilidade" de que o PBoC coloque mais dinheiro nos mercados nesta semana, ap�s a inje��o l�quida de 90 bilh�es de yuans (US$ 13,65 bilh�es) na semana passada por meio de instrumentos de liquidez de curto prazo, na maior opera��o do tipo em quase um ano, acredita Liu Dongliang, analista s�nior do China Merchants Bank.

As a��es na China permanecem relativamente valorizadas, apesar da queda da semana passada. Em Xangai, por exemplo, o valor das a��es negociadas � cerca de 12,3 vezes superior � receita das companhias, enquanto em Shenzhen essa rela��o � de 36,3 vezes. Em compara��o, em Hong Kong esse valor � oito vezes superior � receita.

A incerteza, por�m, persiste, diante da imin�ncia de uma s�rie de novas ofertas p�blicas iniciais (IPO, na sigla em ingl�s) de a��es nos mercados chineses neste ano. Essas listagens foram interrompidas em parte do ano passado, ap�s uma forte queda nas a��es chinesas, antes de voltarem a ser autorizadas em novembro.

O regulador do mercado avalia acabar com o atual modelo de IPOs, onde ele deve ou aprovar ou rejeitar todas as novas ofertas, passando para um sistema de registro similar ao dos mercados desenvolvidos. Um modelo do tipo poderia acelerar o tempo para as companhias chegarem ao mercado, mas o momento em que essas medidas podem ser adotadas n�o est� claro. O regulador do mercado disse no fim da sexta-feira que a permiss�o para novos IPOs dependeria de como o mercado reagisse, dizendo que deseja uma transi��o tranquila nesse modelo. Fonte: Dow Jones Newswires.


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