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Estado de Minas

Crise econ�mica faz aumentar espera de desempregados por nova vaga


postado em 10/01/2016 09:19

S�o Paulo, 10 - Em pouco mais de um ano, o brasileiro saiu do quase pleno emprego para engrossar a fila dos desocupados, sem data para voltar ao mercado de trabalho. Um levantamento feito pela Tend�ncias Consultoria Integrada, a pedido do

Estado

, mostra que, com a r�pida deteriora��o da atividade econ�mica em 2015, o trabalhador est� demorando mais tempo para conseguir um novo emprego.

O porcentual de desocupados h� mais de sete meses subiu de 24,1%, em janeiro do ano passado, para 33,8% em novembro - o maior n�vel mensal desde 2006. A faixa que mais cresceu foi a que inclui desempregados entre 7 e 11 meses, cujo porcentual dobrou no per�odo, de 7,3% para 14,2%. Enquanto isso, o porcentual de trabalhadores que conseguia emprego no curto prazo, em at� 30 dias, caiu de 29,6% para 20,2%. A faixa entre 31 dias e seis meses ficou est�vel, com 46% dos desocupados.

Segundo Thiago Xavier, economista da Tend�ncias, a recoloca��o mais lenta dos trabalhadores desestimula a busca por uma nova vaga e pressiona o aumento da popula��o desalentada, que desiste de procurar emprego. Ele explica que esse grupo de trabalhadores cresceu 17,6% no acumulado de 12 meses at� novembro de 2015. No mesmo per�odo do ano anterior, havia queda de 8,25% nessa popula��o. �Em parte, a demora para conseguir emprego tamb�m explica a revers�o da tend�ncia de crescimento da popula��o economicamente ativa (a partir de outubro).�

Revers�o

Os primeiros sinais de deteriora��o do mercado de trabalho come�aram a aparecer em 2014. Embora a taxa de desemprego da Pesquisa Mensal de Empregos (PME), de 4,8%, tenha atingido o menor n�vel da s�rie hist�rica, houve redu��o do n�mero de vagas naquele per�odo. Al�m da economia j� demonstrar fraqueza, o avan�o da Opera��o Lava Jato provocou uma s�rie de demiss�es em massa na constru��o civil, que se intensificou no in�cio de 2015.

�O que mais assusta � a velocidade com que os �ndices de emprego pioraram�, afirma Jo�o Saboia, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, a melhora do mercado de trabalho demorou dez anos para ocorrer, gradualmente. �Em poucos meses, boa parte desse ganho se foi.�

Para economistas, o Pa�s ainda n�o atingiu o fundo do po�o no mercado de trabalho. A tend�ncia � que os indicadores continuem piorando ainda mais: a taxa de desemprego vai aumentar; a renda, cair; o n�mero de pessoas ocupadas, minguar; e a informalidade, crescer. �Pelos nossos c�lculos, � poss�vel que o �ndice de desemprego (de 8,9%, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, do Minist�rio do Trabalho) alcance os dois d�gitos j� em janeiro�, diz Xavier.

Alexandre Chaia, economista e professor do Insper, acredita que a taxa de desemprego do Brasil volte aos n�veis do in�cio dos anos 2000, na casa de 12%. Isso significaria tirar o emprego de aproximadamente 3 milh�es de brasileiros. Entre janeiro e novembro do ano passado, �ltimo dado dispon�vel, o Pa�s j� havia perdido 945.363 postos de trabalho, segundo dados do Caged. Em 12 meses, foram fechadas 1.527.463 vagas.

Chaia afirma que a economia ainda n�o sentiu todos os efeitos desse avan�o do desemprego por causa das indeniza��es e do seguro-desemprego. �Nessa fase, as pessoas otimizam o consumo, mas n�o eliminam todos os gastos. A partir do momento que esse dinheiro acaba, elas s�o obrigadas a cortar tudo. A� entra a segunda onda de demiss�es, que ser� no com�rcio.� Pelas contas dos economistas, essa segunda rodada deve ocorrer no fim do primeiro semestre e provocar uma piora generalizada da economia.

Para os economistas, ainda � dif�cil vislumbrar uma perspectiva de revers�o do desemprego, que � o �ltimo a reagir numa recess�o. A recupera��o dos indicadores vai depender da melhora das expectativas, diz Saboia. �O problema � que o cen�rio interno est� muito complexo, seja do ponto de vista econ�mico ou pol�tico. A quest�o do impeachment precisa ser definida com urg�ncia, seja qual for a decis�o, para que o Pa�s volte a caminhar em alguma dire��o.� As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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