S�o Paulo, 12 - O maior temor dos empres�rios em rela��o a 2016 � de que o Pa�s n�o supere a crise econ�mica. � o que mostra levantamento realizado pelo Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil) e pela Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com a pesquisa, 54% dos comerciantes ouvidos dizem ter receio de que a recess�o deste ano se prolongue.
O temor do prolongamento da crise econ�mica � apontado � frente de outras op��es mais voltadas ao pr�prio neg�cio do entrevistado, como o risco de n�o conseguir pagar d�vidas (38%), ser assaltado ou v�tima de viol�ncia (38%) e ser obrigado a fechar a empresa (37%).
Por sua vez, os empres�rios se mostram divididos em rela��o �s expectativas para a economia do Brasil. Do total, 53% acreditam que 2016 ser� igual ou pior que 2015 e 42% t�m a expectativa de que 2016 ser� melhor se comparado ao ano que terminou.
"A atual situa��o da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, dif�cil de interromper. Como a infla��o e as taxas de juros est�o altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos", escreveu o presidente da CNDL, Hon�rio Pinheiro.
A crise econ�mica volta a liderar, ao lado da corrup��o, como o problema mais urgente a ser resolvido neste ano, ambas com 69% das men��es. Outros problemas apontados pelos empres�rios brasileiros s�o os impostos elevados (65%), a infla��o (49%), a falta de vontade pol�tica (40%) e a viol�ncia (39%).
A percep��o majorit�ria tamb�m � de que as condi��es econ�micas se deterioraram ao longo do ano passado. Para 75% dos entrevistados, 2015 foi pior para a economia do que 2014. Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de servi�os notaram que o cen�rio melhorou e outros 16% disseram que n�o houve altera��o.
Diante disso, mais da metade (58%) dos entrevistados demitiram no ano passado - entre dois e tr�s funcion�rios, em m�dia. J� para este ano, a previs�o � de que 16% dos empres�rios demitam funcion�rios.
Foram ouvidos 822 empres�rios em todo o Pa�s entre os dias 1� e 15 de dezembro, por meio de pesquisa telef�nica. Do total, 52% das empresas s�o do setor de com�rcio varejista e 48%, de servi�os.