Ind�stria tem queda 2,7% no faturamento de novembro

O faturamento real da ind�stria, que mede o desempenho do setor, considerando todos os ganhos de uma empresa, descontada a infla��o, caiu 2,7% em novembro. As horas trabalhadas na produ��o recuaram 1,7% frente a outubro, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI).

Na compara��o com o ano anterior, o faturamento acusou queda de 13,3% e as horas trabalhadas na produ��o ca�ram 12,1%. O tempo gasto pelos trabalhadores na fabrica��o de produtos aumenta quando a economia est� aquecida para atender o crescimento das encomendas.

"O indicador de horas trabalhadas na produ��o alcan�ou dois d�gitos de janeiro a novembro na compara��o com o mesmo per�odo de 2014, confirmando a trajet�ria negativa da produ��o na ind�stria", destacou o gerente-executivo da Unidade de Pol�tica Econ�mica da CNI, Fl�vio Castelo Branco. Segundo ele, a consequ�ncia da retra��o da atividade industrial � a queda do emprego.

Empregos

O levantamento - realizado em novembro - mostra que o emprego na ind�stria de transforma��o caiu 0,8% na compara��o com outubro e foi 8,5% menor do que o registrado em novembro de 2014. Segundo a CNI, esta foi a d�cima queda consecutiva do indicador.
Com menos demanda e produ��o em queda, o n�vel de utiliza��o da capacidade instalada recuou 0,4 ponto percentual em novembro na compara��o com outubro e 3,7 pontos percentuais em rela��o a novembro de 2014. O indicador considera o conjunto de instala��es f�sicas, m�quinas, equipamentos e trabalhadores que uma empresa tem para uma produ��o m�xima mensal.

A ind�stria registrou melhora em rela��o aos pagamentos de sal�rios e benef�cios. Na soma de sal�rios, horas extras, abonos, gratifica��es e outros ganhos dos trabalhadores, descontadas as perdas para a infla��o, que mede o indicador de massa salarial real, o crescimento foi de 0,4% em rela��o a outubro. O rendimento m�dio mensal recebido pelos trabalhadores, que revela o poder de compra dos empregados do setor, cresceu 1,1% em novembro diante de outubro.

Indeniza��es

Castelo Branco explicou, ainda, que o incremento ocorre em fun��o do pagamento do 13º sal�rio e de indeniza��es para os empregados demitidos. O economista lembrou que, quando comparada a novembro de 2014, a massa real de sal�rios cai 9,1% e o rendimento real diminui 0,7%. "Os dados das vendas no varejo est�o muito ruins, sinalizando que a ind�stria n�o ter� necessidade de produzir mais para repor estoques. A queda na atividade deve se repetir em 2016 com reflexos no emprego e na remunera��o dos trabalhadores", finalizou.