Rio de Janeiro – A fila de desemprego continua crescendo no pa�s, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). No trimestre at� outubro de 2015, um total de 2,513 milh�es de pessoas passaram a buscar uma vaga, alta de 38,3% em rela��o a igual per�odo de 2014. O avan�o � o maior j� verificado na s�rie hist�rica da pesquisa, iniciada em 2012. Com esse movimento, o Brasil tinha, no trimestre at� outubro do ano passado, 9,077 milh�es de desempregados.
Com isso, o desemprego foi a 9% no trimestre terceiro trimestre do ano passado, o maior desde 2012. No trimestre anterior, maio-junho-julho, a taxa de desocupa��o ficou em 8,6%, com um crescimento de 0,6 ponto percentual na compara��o com os tr�s meses anteriores. A taxa do trimestre de agosto a outubro de 2015 � 2,4 pontos percentuais maior do que a registrada no mesmo per�odo de 2014, quando era de 6,6%. O rendimento real habitual em rela��o a maio-junho-julho teve varia��o de -0,7%. J� na compara��o com agosto-setembro-outubro de 2014, houve queda de 1%.
Se de um lado h� mais pessoas procurando emprego, do outro o n�mero de vagas encolheu no per�odo de um ano, j� que 285 mil postos foram extintos. Assim, a popula��o ocupada diminuiu 0,3% no trimestre at� outubro de 2014 em rela��o a igual per�odo de 2014. A for�a de trabalho, de acordo com o IBGE, aumentou 2,2% na mesma base de compara��o, o que significa 2,227 milh�es de pessoas a mais em atividade. J� o n�mero de indiv�duos que est�o fora da for�a de trabalho – inativos – caiu 0,4% em rela��o ao trimestre at� outubro de 2014, com 268 mil pessoas a menos nessa condi��o.
O n�mero de trabalhadores com carteira assinada no setor privado diminuiu 3,2% no trimestre at� outubro de 2015 em rela��o a igual per�odo de 2014, segundo dados da Pnad Cont�nua. Com isso, 1,184 milh�o de pessoas perderam o emprego formal no per�odo. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado tamb�m caiu, apontou o IBGE. O recuo foi de 2,1% na mesma base de compara��o, ou 214 mil pessoas a menos.
O n�mero de trabalhadores por conta pr�pria, por sua vez, avan�ou 4,2% no trimestre at� outubro ante igual per�odo de 2014. Isso significa que 913 mil pessoas ingressaram nessa modalidade de trabalho, caracterizada, em sua maioria, pela informalidade. O n�mero de empregadores tamb�m aumentou 5,7% no per�odo, com 219 mil pessoas a mais nessa condi��o. O contingente de empregados no setor p�blico diminuiu 1,3% no trimestre at� outubro em rela��o a igual per�odo de 2014, o que significa 151 mil pessoas a menos, segundo o IBGE.
A intensa redu��o no n�mero de trabalhadores com carteira assinada � um dos fatores por tr�s do aumento na procura por emprego, explicou ontem, o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Cimar Azeredo. “O emprego com carteira tem FGTS, plano de sa�de, uma s�rie de garantias. H� a pr�pria garantia do emprego. Mas os brasileiros t�m tido a estabilidade afetada, um rendimento menor. Diante disso, outros membros da fam�lia (antes inativos) acabam saindo para buscar emprego”, explicou Azeredo.