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Estado de Minas

Com China, al�vio em commodities deve limitar efeito d�lar na infla��o do atacado


postado em 17/01/2016 09:07

S�o Paulo, 17 - A desacelera��o econ�mica na China, que abranda os pre�os das commodities, pode ajudar a equilibrar os efeitos da nova rodada de alta do d�lar sobre a infla��o no atacado, que capta com mais rapidez e de forma mais intensa os impactos cambiais. De acordo com analistas ouvidos pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, o movimento surge como uma fonte para atenuar a j� pressionada infla��o de in�cio de ano. No entanto, os economistas ponderam que os reflexos nos �ndices Gerais de Pre�os (IGPs) s� devem aparecer com mais intensidade caso o comportamento mais suave nas mat�rias primas n�o seja transit�rio.

A expectativa � que tanto os pre�os de mat�rias-primas agr�colas como as industriais possam se beneficiar dos reflexos de arrefecimento na economia chinesa. Dentre os produtos agropecu�rios, os mais citados pelos analistas s�o gr�os, como milho e soja, j� que acabam por captar com maior velocidade os impactos do c�mbio. J� entre os itens que integram a classe de industrializados, os economistas mencionam especialmente min�rio de ferro e artigos da cadeia qu�mica. Vale ainda lembrar dos efeitos indiretos que afetam, por exemplo, os in natura, especialmente a categoria de carnes, por meio da oscila��o de pre�os de insumo, al�m de reflexos da oscila��o nos pre�os de defensivos agr�colas.

Dentro dos IGPs, o �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) Industrial � o que deve refletir de maneira mais intensa o al�vio das commodities, j� que tem o maior peso, de cerca de 70% no IPA cheio. J� os pre�os agropecu�rios t�m influ�ncia em torno de 30% no IPA. No total, o IPA - que mede a infla��o no atacado - tem participa��o de 60% nos IGPs, enquanto o varejo pesa 30% e o INCC, que apura os pre�os na constru��o, contribui com 10%.

"Se este processo se consolidar, com as commodities em um patamar mais tranquilo, podemos observar os efeitos na cadeia petroqu�mica limitando os impactos da alta do d�lar. Tamb�m pode ter impacto mais favor�vel na parte agr�cola, que nesta �poca tendem a contar com um per�odo mais favor�vel. � mais uma for�a a ajudar a contrabalan�ar a press�o do c�mbio", avalia a economista Basiliki Litvac, da MCM Consultores.

No entanto, a especialista em infla��o da MCM observa que os alimentos agr�colas voltaram a ficar em evid�ncia na primeira leitura do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) de janeiro, que atingiu 0,41%, ante 0,44% em igual per�odo de dezembro. O IPA Agropecu�rio, por sua vez, avan�ou para 1,08%, ap�s 0,66%. "Deram uma puxada nesta pr�via. Pode ser um movimento ligado ao c�mbio, que se apreciou mais recentemente. Mas ainda � cedo tirar conclus�es, � preciso esperar para ver como a cota��o ir� ficar", observa.

O analista econ�mico M�rcio Milan, da Tend�ncias Consultoria Integrada, considera bastante prov�vel um abrandamento nos pre�os das commodities por causa da desacelera��o na China e, consequentemente, um al�vio nos IGS. "Mas s� se isso se configurar uma tend�ncia, e n�o uma volatilidade de curt�ssimo prazo", pondera.

Na vis�o de Milan, min�rio de ferro e a parte de gr�os s�o os produtos que mais devem se beneficiar com um prolongamento da perda de vigor do pa�s asi�tico. "A China � muito importante para as exporta��es de gr�os. Tamb�m tem uma demanda grande de min�rio. E esse movimento acaba por impactar toda a cadeia de a�o, de metais e a demanda da ind�stria", avalia.

Por enquanto, Lucas Zaniboni, analista econ�mico da Garde Asset Management, � cauteloso em precisar os eventuais efeitos da situa��o chinesa sobre as mat�rias-primas e, na sequ�ncia, sobre os IGPs. Para ele, o c�mbio ainda � um fator de risco para a infla��o, mas acredita que a desvaloriza��o expressiva de quase 50% de 2015 n�o se repetir� em 2016. "Em dezembro, o IPA Industrial teve defla��o de 0,04%, uma queda mais r�pida que a esperada. Segue em trajet�ria de baixa, ajudando a desinflar a infla��o. J� tivemos uma nova rodada de alta do d�lar, mas n�o deve ser t�o elevada como no ano passado", estima.

A desvaloriza��o cambial recente j� deve estar refletindo sobre os pre�os agropecu�rios, diz Zaniboni. "Voltaram a acelerar. Tivemos problemas de safra que tamb�m afetaram o IPCA (dezembro), e a parte de alimentos voltou a subir em janeiro", afirma.

2016

Mesmo que o efeito China n�o ajude a mitigar a press�o sobre a infla��o no atacado ao longo deste ano, os analistas n�o t�m d�vida que os IGPs terminar�o 2016 com uma taxa aqu�m da vista em 2015, que ficou perto de 11%. A economista Basiliki, da MCM, calcula, para o �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), por exemplo, uma desacelera��o para algo entre 7,00% e 7,50% este ano, ap�s 10,54% em 2015. "Estimamos R$ 4,45 para o c�mbio do fim do ano. Na ponta, significa uma alta de quase 15%. O IPC (�ndice de Pre�os ao Consumidor) tamb�m deve desacelerar, mas ficar� na faixa de 7%. H� v�rios fatores que indicam um ano um pouco mais tranquilo, mas ainda h� incertezas", diz Basiliki.

J� a Tend�ncias Consultoria ainda estima 6,30% para o IGP-M de 2016, mas deve alterar a proje��o. "Pelos mesmos motivos pelos quais revisei o IPCA: infla��o no varejo veio mais pressionada e o atacado tamb�m (2015). Ou seja, tem uma in�rcia pior, e temos tamb�m as expectativas de infla��o que est�o piorando", justifica.


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