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Estado de Minas

Multimercados buscar�o ganhar com volatilidade e gestores ainda apostam em d�lar


postado em 17/01/2016 14:19

S�o Paulo, 17 - Em mais um ano em que a volatilidade ditar� o tom dos neg�cios, a flexibilidade dos fundos multimercados possibilitar� maior ativismo dos gestores com o olhar em diversas estrat�gias, com aten��o redobrada no mercado internacional. Mesmo ap�s um ano em que a posi��o comprada em d�lar foi uma das preferidas, essa aposta vem sendo mantida, ainda que em menor grau, diante da percep��o de continuidade da deteriora��o dos fundamentos econ�micos no Brasil e tamb�m pelo contexto externo, com o in�cio do aumento dos juros pelo Banco Central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em ingl�s).

Al�m do d�lar contra o real, o olhar dos gestores segue ainda atento a outras moedas emergentes, como o rand, da �frica do Sul, conta o respons�vel pela plataforma de fundos da XP Investimentos, Gustavo Pires. "O cen�rio pol�tico-econ�mico se mostra em ritmo muito parecido com o de 2015, com muitas quest�es em aberto. O fato de se ter um cen�rio vol�til e bastante tumultuado se torna algo favor�vel para os bons gestores, uma vez que a volatilidade gera potencial de ganho", destaca Pires. Os multimercados da modalidade macro, que aplicam em diversas modalidades de ativos, s�o apontados como os mais aptos a capturarem ganhos com o pano de fundo de alta volatilidade.

Uma das diferen�as neste ano, lembra o diretor executivo de Investimento do Citi, Ennio Moraes, � que, al�m do Brasil, o mundo agora tamb�m vive um momento de mais volatilidade. As d�vidas em rela��o � China, que ganharam ainda mais for�a neste in�cio de ano, trazem bastante volatilidade aos mercados em todo o mundo. Moraes cita que, diante desse contexto, a diversifica��o global se torna cada dia mais relevante para a rentabilidade do fundo. A possibilidade de se buscar por oportunidades no exterior foi ampliada no ano passado com a moderniza��o da instru��o 409, que foi substitu�da pela 555, e que passou a regular os fundos de investimento no Brasil. Pelas novas regras, os fundos multimercados tiveram o limite de exposi��o no exterior dobrado, de 20% para 40% da carteira.

Composi��o semelhante

Na pr�tica, no entanto, os gestores entraram em 2016 com uma composi��o de suas carteiras muito pr�xima da montada no in�cio do ano passado, conforme estudo feito pela consultoria RiskOffice, a pedido do Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. Considerando o patrim�nio l�quido dos fundos dessa modalidade, a maior exposi��o s�o os juros prefixados, ou seja, uma postura bastante conservadora. A exposi��o em d�lar, por outro lado, representa o maior risco das carteiras. "Os gestores se adiantam e o pessimismo � basicamente o mesmo. As preocupa��es podem ser outras, mas o reflexo na carteira � igual", afirma o presidente da RiskOffice, Alberto Jacobsen.

Marcelo Mello, vice-presidente da SulAm�rica Investimentos, lembra que, no passado, por volta de 2009, os gestores multimercados conseguiam apresentar bons ganhos apoiados no "kit Brasil", que era manter posi��es compradas em Bolsa, c�mbio e aposta na queda dos juros. Agora, depois de alguns anos em que esses fundos observaram seu patrim�nio cair, os investidores podem come�ar a aplicar nessa modalidade, ap�s ganho de maturidade por parte dos gestores e tamb�m pelos investidores. "O ano passado mostrou ao investidor que � poss�vel ganhar no mercado mesmo quando o ambiente � dif�cil. Ent�o essa � uma categoria bem posicionada para capturar algum fluxo em 2016", frisa Mello. Ele lembra, no entanto, que essa entrada n�o dever� ser acentuada, visto que a elevada taxa de juros (Selic) mant�m grande parte dos investidores em estrat�gias mais conservadoras.

Os fundos multimercados macro registraram rentabilidade de 21,82% no ano passado, ante uma taxa CDI de 13,24%, segundo dados da Associa��o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Na contram�o, refletindo a avers�o ao risco, essa foi a modalidade que liderou os resgates l�quidos, que somaram R$ 32,8 bilh�es no per�odo.

Marcelo Giufrida, s�cio da Garde Asset Management, lembra que h� grandes gestoras com os fundos multimercados fechados para capta��o, o que acaba tamb�m influenciando para n�mero maior de resgate. "Apesar dos fundos multimercados terem benchmark de curto prazo, que � o CDI, esse � um investimento de longo prazo", destaca Giufrida. Ele lembra que, ainda mais do que no ano passado, as incertezas deram um salto, diante da troca do ministro da Fazenda e, agora, com a possibilidade de nova mudan�a da pol�tica monet�ria pelo Banco Central (BC).


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