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Estado de Minas

Mercado pode gerar progresso, mas tamb�m desigualdade e volatilidade, diz Barbosa

Barbosa disse ainda que, em termos amplos, a principal responsabilidade dos governos � "manter a estabilidade econ�mica"


postado em 21/01/2016 11:37 / atualizado em 21/01/2016 11:53

Davos, 21 - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reconheceu a import�ncia do papel do mercado financeiro na economia, mas ressaltou que muitas vezes � preciso que o governo intervenha para coordenar temas e evitar problemas. Em um painel do F�rum Econ�mico Mundial sobre a retomada do crescimento mundial, Barbosa foi um dos debatedores e tamb�m defendeu a��o de governos emergentes para reduzir a desigualdade na sociedade.

"O mercado pode produzir progresso e produtividade, mas tamb�m pode produzir desigualdade e volatilidade. Isso requer alguma a��o de governo", disse Barbosa. O ministro brasileiro defendeu que os governos n�o devem ser "atores, mas coordenadores" da economia, especialmente nos pa�ses emergentes. Essa coordena��o serve, por exemplo, para facilitar o caminho do capital privado para investir na economia. "� ter pol�ticas desenvolvidas para que os mercados possam fazer coisas", resumiu.


Barbosa disse ainda que, em termos amplos, a principal responsabilidade dos governos � "manter a estabilidade econ�mica". Esse objetivo, explicou, pode ser atingido de v�rias maneiras e a popula��o escolhe o modelo atrav�s das elei��es.

Questionado por um dos presentes sobre os indicadores tradicionais da economia, Barbosa disse que o Produto Interno Bruto "n�o � a �nica vari�vel objeto para as pol�ticas econ�micas". "Como pa�s emergente, acho que o aumento da renda per capta � importante. Combinados (crescimento da economia e renda per capta) podem reduzir a desigualdade", disse. "Isso requer a��o do governo e � isso que temos visto nos �ltimos anos", disse ao se referir � experi�ncia brasileira. Essa estrat�gia � positiva em termos econ�micos, argumentou o ministro, porque a redu��o da desigualdade resulta em aumento da classe m�dia, o que aumenta o mercado consumidor.

O ministro brasileiro citou ainda que o Brasil usou o boom de commodities para "financiar a rede de prote��o social", dizendo que os recursos obtidos com o aumento de pre�o das mat�rias-primas foram importantes para reduzir a pobreza, a desigualdade, incluir pessoas e at� melhorar a produtividade no Pa�s. Agora, por�m, como fim do boom, o ministro disse que o Brasil vive fase de transi��o, em que � preciso consolidar as conquista sociais e preparar a economia para um crescimento em novas bases.

Perguntado sobre a queda do PIB prevista para 2016, Barbosa lembrou que o Brasil � um pa�s grande, com economia diversificada, que fabrica de avi�es a manufaturas simples. Segundo o ministro, a solu��o das atuais dificuldades exige mudan�as estruturais, mas estas em democracias t�m que ser discutidas com a sociedade.


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