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Estado de Minas

Governo n�o esperava movimenta��o t�o forte no mercado nesta quinta ap�s Copom


postado em 21/01/2016 21:49

Bras�lia, 21 - Apesar de o Planalto ter se preparado para uma rea��o do mercado � decis�o do Banco Central de manter em 14,25% ao ano a taxa b�sica juros (Selic), o governo n�o esperava movimenta��o t�o forte nesta quinta-feira, 21. A alta de 1,72% no d�lar � vista, que atingiu a maior cota��o desde o Plano Real (R$ 4,1705), e o "derretimento" dos juros futuros na BM&FBovespa causaram certa apreens�o.

A expectativa do governo para esta sexta-feira � de que haja uma acomoda��o do mercado. Na avalia��o do Planalto, no final do dia de ontem j� podia ser constatada uma tend�ncia neste sentido. Por isso, o governo espera um dia mais calmo hoje e torce para que a pr�xima semana inicie com progn�sticos no mercado mais animadores.

A surpresa maior do governo com esta forte rea��o, de acordo com informa��es ouvidas no Planalto, ocorreu porque o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nos �ltimos dias, havia mantido in�meras conversas com representantes de diferentes segmentos do mercado, buscando obter uma pulsa��o do momento. O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, entre outros, teria sido consultado.

O governo reconhece que foi errado o timing da nota de Tombini, comentando as novas - e ruins - proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), que, disse, seriam consideradas na decis�es do Copom. A nota, admite o governo, gerou confus�o no mercado, alimentando suspeitas sobre a falta de autonomia do BC. Mas, ao mesmo tempo, fontes do Planalto lembram que j� havia uma corrente de economistas defendendo a manuten��o da atual taxa de juros ou uma pequena eleva��o, porque uma nova alta significativa contribuiria para segurar a atividade econ�mica do Pa�s, que j� est� muito fria.

Al�m disso, as diverg�ncias entre os diretores do Banco Central tamb�m j� eram conhecidas, assim como a previs�o de retra��o da economia anunciada no relat�rio do FMI. S� que, com a carta de Tombini, naquele momento, "acabou por dar um sinal errado de que atenderia �s press�es pol�ticas, em um momento em j� havia uma decis�o t�cnica cristalina de manuten��o das taxas de juros, deixando o mercado confuso", disse uma fonte do Planalto.

O entendimento do governo � que, neste momento, � preciso manter o �nimo do setor produtivo, em �poca de recess�o. Por isso mesmo, a expectativa � que, no dia 28 de janeiro, data da reuni�o do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES), o Conselh�o, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, j� apresente medidas como as que incluem o uso de bancos p�blicos para abrir linhas de cr�ditos para constru��o civil e pequenas e m�dias empresas. Assessores fazem quest�o de frisar que essas medidas n�o significar�o a volta dos subs�dios que marcaram o primeiro mandato de Dilma.

Barbosa vai falar ainda sobre as estrat�gias de a��o do governo e o que tem sido feito e ainda ser� feito para enfrentar este momento de crise. Nesta reuni�o do Conselh�o, pesos pesados da economia estar�o presentes e os empres�rios ser�o os primeiros a terem a palavra, quando apresentar�o suas queixas e demandas.

Depois, falar�o o representante dos trabalhadores, seguido de outro da sociedade civil. Da� ser� a vez do ministro da Fazenda e depois o da Casa Civil, Jaques Wagner. A presidente Dilma encerrar� o encontro. A reuni�o ser� aberta �s 14h30 no Planalto. Ao convidar os presentes, o Planalto informa que est� reativando o Conselh�o e pedindo que os convidados apresentem propostas, vis�es estrat�gicas de seus setores, para enfrentar a crise.


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