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Estado de Minas

Brasil vive pior contra��o desde crise da Am�rica Latina dos Anos 1980, diz FMI


postado em 22/01/2016 14:01 / atualizado em 22/01/2016 14:40

A resolu��o da incerteza no cen�rio pol�tico e econ�mico � essencial para que o Brasil eventualmente retorne ao crescimento positivo, afirmou nesta sexta-feira, 22 o diretor do Departamento para o Hemisf�rio Ocidental do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Alejandro Werner, em um artigo enviado � imprensa. O Brasil enfrenta em 2015/2016 uma contra��o da atividade somente vista na �poca da crise da d�vida externa da Am�rica Latina, em 1981/1983.

"Uma combina��o de fragilidades macroecon�micas decorrentes do lento ajuste interno, um esc�ndalo de grande alcance envolvendo funcion�rios do governo e de empresas, e problemas pol�ticos t�m paralisado investimentos e dominado as perspectivas econ�micas", afirma em um artigo. No come�o da semana, o FMI rebaixou a previs�o de crescimento do Brasil para 2016 e 2017. Este ano, a previs�o � de contra��o de 3,5%, a maior entre os principais pa�ses do mundo, e no ano que vem, o PIB deve ficar estagnado, com expans�o zero.

Werner ressalta no artigo que a infla��o est� em dois d�gitos e o desemprego tem aumentado de forma clara. "A turbul�ncia pol�tica continua a atrasar a ado��o de uma estrat�gia fiscal confi�vel para manter a d�vida p�blica em uma trajet�ria sustent�vel", disse ele, destacando que o Brasil foi alvo recentemente de tr�s rebaixamentos de rating soberano.

A piora da classifica��o de risco aumentou o custo de financiamento para o Pa�s e para as empresas brasileiras, diz o diretor do FMI. Um dos poucos pontos positivos � que as exporta��es come�am a mostrar sinais de for�a, gra�as principalmente � forte desvaloriza��o do real.

Brasil, Argentina, Equador e Venezuela devem ser os respons�veis pelo crescimento negativo da Am�rica Latina este ano, destaca Werner. Uma combina��o de problemas externos, como a queda dos pre�os das commodities, e desequil�brios dom�sticas, t�m levado a piora do investimento privado nestes pa�ses.

Ativos

Werner afirmou que uma piora adicional da situa��o no Brasil pode levar a uma repentina reprecifica��o dos ativos da Am�rica Latina e reduzir a demanda por exporta��es dos parceiros do Pa�s no Mercosul.

Ele avaliou que a Am�rica Latina enfrenta riscos externos, como a eleva��o de juros dos Estados Unidos e, sobretudo, a desacelera��o da economia da China, mas tamb�m tem um risco pr�ximo, a economia brasileira. "Mais perto de casa, uma maior deteriora��o da situa��o no Brasil poderia levar a uma reprecifica��o repentina de ativos regionais, bem como � redu��o da demanda por exporta��es entre parceiros comerciais no Mercosul", disse o diretor do FMI.

"O come�o de 2016 est� sendo dif�cil, como pode ser visto pelas recentes crises de volatilidade financeira, decorrente de incertezas relacionadas com a desacelera��o na China, os pre�os mais baixos das commodities, e a pol�tica monet�ria divergentes nas economias avan�adas", afirmou Werner, desta vez em entrevista � imprensa concedida nesta sexta-feira.

O diretor do FMI ressalta que a recupera��o da economia global continua "lutando para ganhar" for�a, mas problemas em alguns pa�ses emergentes t�m pesado nas perspectivas de crescimento. Esta semana, o FMI rebaixou as proje��es de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo em 2016 e 2017 e alertou ainda para o aumento de riscos.

Nesse ambiente, a Am�rica Latina deve ter o segundo ano de crescimento negativo e pode ficar com crescimento baixo por um longo per�odo. Mas Werner ressalta que a situa��o na regi�o � bem heterog�nea. "Enquanto pa�ses com fortes arcabou�os de pol�tica econ�mica t�m se ajustado de forma suave aos choques externos, pa�ses com fracos fundamentos dom�sticos est�o experimentando contra��es significativas", afirmou o diretor do FMI.

A previs�o do FMI � que a regi�o encolha 0,3% em 2016, mesmo porcentual de 2015. A Argentina deve encolher 1%, a Venezuela ter retra��o de 8% e o Brasil, de 3,5%. J� entre os destaques de crescimento est�o M�xico (+2,6%), Peru (+3,3) e Col�mbia (+2,7%). "A perspectiva regional s� vai come�ar a ser mais promissora quando os desafios internos dos pa�ses que enfrentam contrata��o da economia forem resolvidos", diz ele. Na coletiva, Werner disse que a Argentina t�m tomado medidas corretas nas �ltimas semanas.

Exporta��es

A queda dos pre�os das commodities fez as receitas com exporta��es de sete pa�ses da Am�rica Latina, entre eles Brasil, Peru e Col�mbia, cair US$ 200 bilh�es, estima o diretor do FMI. Enquanto a Am�rica do Sul pode sofrer ainda mais com a queda das commodities, o M�xico e pa�ses do Caribe tendem a se beneficiar com a melhora da economia dos Estados Unidos.

Juros nos EUA

O ajuste na diverg�ncia de expectativas do mercado financeiro e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre a trajet�ria dos juros naquele pa�s em 2016 pode trazer volatilidade adicional aos pre�os dos ativos, avalia o diretor do Departamento para o Hemisf�rio Ocidental do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Alejandro Werner, em uma entrevista aos jornalistas.

Werner ressalta que o Fed sinalizou na �ltima reuni�o de pol�tica monet�ria que espera quatro altas de juros este ano, de acordo com as previs�es dos dirigentes mostradas no gr�fico de pontos. Os investidores, por�m, est�o prevendo duas altas e, alguns deles, apenas uma. "A forma como esta diferen�a se resolve tem potencial para gerar volatilidade adicional", disse ele.

Para o diretor do FMI, havia muito temor dos efeitos da primeira alta de juros pelo Fed, que ocorreu em dezembro e acabou n�o provocando maior estresse, sinalizando que o movimento estava em grande medida j� embutido nos pre�os dos ativos. Neste come�o de ano, o foco tem sido mais a China, ressaltou. "A Am�rica Latina permanece particularmente vulner�vel a uma desacelera��o mais forte do que o previsto da China", opinou.


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