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Estado de Minas

Diferen�a grande entre proje��es para Selic mostra um mercado financeiro perdido


postado em 22/01/2016 21:31

Bras�lia e S�o Paulo, 22 - O levantamento feito ap�s a decis�o de estabilidade dos juros b�sicos realizado pelo AE Proje��es sobre a previs�o para a Selic no fim deste ano revela como o Banco Central perdeu a m�o da condu��o das expectativas dos analistas. Com a consulta feita a 20 institui��es financeiras, obteve-se estimativas de 11,00% ao ano a 15,75% em dezembro de 2016.

A diferen�a entre a proje��o m�nima e a m�xima mostra um mercado financeiro perdido. Mais do que isso, aponta que a trajet�ria de recupera��o da comunica��o do BC, que vinha sendo at� elogiada nos �ltimos meses, foi fortemente afetada ap�s o coment�rio do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a revis�o das proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), na v�spera da decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) sobre os juros, esta semana.

Previsibilidade � ponto de partida para qualquer tipo de gerenciamento de expectativas. N�o s� evita solu�os desnecess�rios no mercado como tamb�m faz os efeitos de pol�tica monet�ria serem mais eficazes. Assim, a diferen�a de quase cinco pontos porcentuais das proje��es � uma sinaliza��o de como o mercado financeiro est� confuso em rela��o aos pr�ximos passos do Copom.

Segundo o levantamento, a Modal Asset prev� Selic em 11% ao ano no fim de 2016; Austin Rating calcula em 11,50% e o Banco Santander, Barclays e Kinea, em 13%. No caso da Votorantim Corretora, a estimativa � de 13,25% e do Haitong, 13,75%. Para Bradesco, GAP Asset, GO Assossiados, Ita� Unibanco, Mapfre Investimentos, MB Associados, Nomura Securities, Rio Gest�o, Rosenberg Associados, Sulam�rica e Ventor Investimentos, nada mudar� at� o fim do ano e a taxa seguir� nos atuais 14,25%. J� para a Leme Investimentos, a Selic encerrar� o ano em 15% e, para o BNP Paribas, em 15,75%.

Na leitura de uns profissionais, a din�mica a partir de agora � a de baixar os juros b�sicos da economia. E, considerando-se que h� mais sete reuni�es do colegiado este ano, uma queda de 3,25 pontos porcentuais esperada pelo piso da amostragem indica que h� expectativa de cortes de 0,50 ponto porcentual praticamente em todos os encontros de 2016.

J� na interpreta��o de outros especialistas, o BC optar� pelo aperto monet�rio e levar� a taxa b�sica ao final do ano para o mesmo n�vel de abril de 2006, quando a Selic estava em 15,75% ao ano. Essa proje��o embute uma escalada mais suave do que as previs�es de queda. H�, por�m, um terceiro grupo, majorit�rio, que revisou suas planilhas depois do coment�rio feito por Tombini sobre o FMI e da manuten��o da Selic pelo Copom na quarta-feira, 20, e que n�o pretende mais mud�-las at� o final do ano. Ou seja, Selic ficaria est�vel at�, pelo menos, a virada de 2016 para 2017.

Al�m de serem fundamentais para o regime de metas, as expectativas foram respons�veis por parte da infla��o do ano passado. Segundo a carta aberta do presidente Alexandre Tombini ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, divulgada este m�s, a contribui��o das previs�es para o IPCA de 10,67% no ano passado foi de 0,73 ponto porcentual.

Na pr�xima segunda-feira, o pr�prio BC divulgar� como est� o humor do mercado por meio do Relat�rio de Mercado Focus, elaborado com cerca de 120 institui��es financeiras. L�, o resultado das estimativas n�o deve ser diferente daquele que j� foi adiantado pelo AE Proje��es. No �ltimo boletim, o consenso era de Selic em 15,25% ao ano no fim de 2016 e de 12,88% no encerramento de 2017. A elite desses profissionais, considerada assim por mais perto chegarem ao resultado, tem n�meros ainda mais elevados: de 15,38% para este ano e de 13% para o pr�ximo.


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