Bras�lia, 28 - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que h� demanda por cr�dito no Brasil, mas que � preciso usar melhor recursos que j� est�o dispon�veis para atender este p�blico. "Temos o desafio de normalizar o cr�dito no Pa�s para que possamos estabilizar e equilibrar a economia mais rapidamente", defendeu o ministro, ap�s participar da reuni�o que retomou o Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES), o Conselh�o.
Segundo ele, essas medidas ser�o adotadas sem gerar custo para o contribuinte. Ele listou sete medidas que, juntas, teriam potencial de injetar R$ 83 bilh�es na economia.
Barbosa afirmou que ser�o R$ 10 bilh�es de cr�dito rural, via Banco do Brasil; R$ 10 bilh�es para cr�dito habitacional, via FGTS; R$ 22 bilh�es para infraestrutura (FGTS); R$ 5 bilh�es para capital de giro para pequenas e m�dias empresas pelo BNDES; R$ 4 bilh�es para exporta��es nas linhas de pr�-embarque; R$ 15 bilh�es com opera��es de refinanciamento do Finame e do PSI; e R$ 17 bilh�es com opera��es de cr�dito consignado que usem os recursos do FGTS como garantia.
O ministro, no entanto, n�o detalhou essas opera��es. Segundo ele, os bancos envolvidos v�o explicar as condi��es nos pr�ximos dias.
"Vamos autorizar que trabalhadores possam usar recursos do FGTS como garantias para opera��es de cr�dito. Hoje voc� tem recursos que podem ser usados para reduzir taxas de juros. Temos de usar eles de forma mais eficiente", defendeu. "Isso pode diminuir taxa de juros nessas opera��es. O ministro Jaques Wagner j� estabeleceu divis�o de grupos de trabalho nos principais temas", afirmou.
No caso das opera��es consignadas envolvendo o FGTS, elas ainda ter�o de ser aprovadas pelo Congresso e reguladas pelo Conselho Curador do FGTS e pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN). Barbosa ainda defendeu que, na medida que a infla��o cair, a economia se estabilizar e a confian�a aumentar, o Pa�s vai retomar o crescimento.
"Nesse processo s�o tomadas todas as precau��es para que n�o se leve a endividamento das fam�lias. Ser�o estabelecidos controles. N�s temos uma regula��o banc�ria bem conservadora e prudencial para n�o estimular o superendividamento", argumentou. "Estamos apresentado proposta ao Conselh�o e depois ser� apresentada ao Congresso. Seguimos mesmo processo do cr�dito consignado l� atr�s", disse.
Segundo ele, essas medidas ser�o feitas com as linhas de juros j� existentes. Barbosa relatou que as taxas de capital de giro ser�o reduzidas pelo BNDES, que vai aumentar o peso da TJLP no funding dessas opera��es. "Os detalhes v�o ser divulgados pelos bancos nos pr�ximos dias. No caso do cr�dito consignado, como falei, estamos em fase inicial e esperamos que isso cause redu��o nos juros", disse.