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Estado de Minas

IBGE v� clima mais favor�vel � produ��o em 2016, com benef�cios a caf� e feij�o


postado em 04/02/2016 11:37

Rio, 04 - O clima est� mais favor�vel � produ��o de gr�os em 2016, afirmou nesta quinta-feira, 4, o gerente da Coordena��o de Agropecu�ria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Carlos Barradas. Entre as culturas beneficiadas pelo regime de chuvas est�o o caf� e o feij�o, destacou.

Em 2016, a produ��o de caf� ar�bica, o principal cultivado no Pa�s, deve totalizar 2,303 milh�es de toneladas, 15,7% a mais do que no ano passado. "Em 2014 e 2015 tivemos quebra muito grande. Primeiro, houve estiagem muito forte em S�o Paulo e no sul de Minas Gerais. J� no ano passado, houve problema s�rio no cerrado mineiro", explicou Barradas.

"Quer dizer, foram dois anos de produ��o baixa do caf�, apesar das exporta��es elevadas. Com isso, houve redu��o dos estoques, e os pre�os v�m se mantendo", acrescentou o gerente. Segundo ele, o pre�o da saca, que est� entre R$ 490 e R$ 500, tem estimulado o plantio nas principais regi�es. Em Minas Gerais, por exemplo, a produ��o deve ser 21,4% maior do que em 2015, com a ajuda do clima.

J� a produ��o de caf� robusta deve chegar a 676,4 mil toneladas em 2016, alta de 3,3% sobre o volume colhido no ano passado. No m�s passado, houve o retorno das chuvas em algumas regi�es com destaque na produ��o, como o Esp�rito Santo. Apesar disso, as m�dias ainda ficaram abaixo do necess�rio para recuperar as lavouras, prejudicadas pela estiagem de 2015.

No caso do feij�o, a primeira safra, que n�o � irrigada e depende do clima, tem apresentado boas perspectivas. Em rela��o ao terceiro progn�stico, apresentado no m�s passado, a estimativa de produ��o de feij�o de 1� safra subiu 1,7%. Na compara��o com o ano de 2015, o aumento na colheita ser� de 18,6%, segundo o levantamento do IBGE. No total, a produ��o alcan�ar� 1,591 milh�o de toneladas.

"O regime est� mais chuvoso este ano do que em 2015", justificou Barradas, citando principalmente os Estados do Nordeste. O Cear�, por exemplo, deve saltar da 7� posi��o para a 2�, com incremento de 268,2% na produ��o. No ano passado, a regi�o havia sido atingida pela seca. No Piau�, o avan�o ser� de 111,8%.

O feij�o 2� safra, cuja produ��o totalizar� 1,328 milh�o de tonelada, tamb�m � beneficiado pelo clima �mido. O aumento na colheita ser� de 1,8% em rela��o a 2015.

"Tivemos quatro anos de seca no Nordeste, mas este ano est� muito melhor. � uma esp�cie de reden��o", disse Barradas.

Soja e milho

Apesar de o clima chuvoso ter favorecido culturas nas regi�es Norte e Nordeste, os produtores do Centro-Oeste mant�m certa apreens�o em rela��o ao regime de precipita��es durante a safra de soja e milho, explicou Barradas. "Neste ano, a chuva atrasou no Centro-Oeste, o que atrasou o plantio de soja e deve atrapalhar o milho de 2� safra", disse.

"Hoje, n�o se sabe se vai ter janela para chuvas beneficiarem planta��o de milho", acrescentou o gerente. Somado � tend�ncia de substitui��o do milho 1� safra por soja, isso deve reduzir a oferta de milho no mercado dom�stico no primeiro semestre, com repercuss�o sobre os pre�os do gr�o e de produtos que o utilizam como mat�ria-prima, como ra��es e carnes.

Al�m disso, o sul de Mato Grosso do Sul teve problemas de estiagem durante o m�s de janeiro, explicou Barradas. "� uma �rea importante de produ��o no Estado. Isso acaba afetando as produ��es de soja e milho", afirmou o gerente.

O IBGE estima quedas de 3% e 7% para a produ��o de milho em 1� e 2� safras, respectivamente, ante o ano passado.

Na soja, o impacto do clima ainda � m�nimo. Entre dezembro e janeiro, a estimativa caiu 0,1%, para 102,689 milh�es de toneladas, mas os t�cnicos do IBGE alertam que � preciso observar o comportamento nas pr�ximas leituras.

Cana

O novo ordenamento nas lavouras de cana-de-a��car, com proibi��o de queimas e aumento da mecaniza��o, deve levar a uma redu��o na produ��o este ano a despeito dos pre�os mais competitivos de a��car e etanol, afirmou Barradas. Segundo o �rg�o, ser�o colhidas 721,389 milh�es de toneladas, queda de 4,4% ante 2015.

"Em S�o Paulo, as lavouras est�o assumindo um novo ordenamento em fun��o da proibi��o da queima e do aumento da mecaniza��o da colheita. Como a mobiliza��o de pesadas m�quinas demanda log�stica adicional e custosa, lavouras mais distantes e localizadas em �reas de dif�cil acesso tendem a n�o ser replantadas", explicou Barradas.

S� em S�o Paulo, h� expectativa de queda de 6,2% na produ��o de cana este ano. Com isso, a colheita do Estado sai da casa das 400 milh�es de toneladas, de acordo com o IBGE. Tamb�m devem ter quedas Goi�s (-8,4%) e Paran� (-0,4%).


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