FMI quer ampliar 'rede de seguran�a financeira global' para lidar com choques

Nova York, 04 - A diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu uma "rede de seguran�a financeira global" mais forte e ampla. Essa rede, que teria mais instrumentos internacionais para dar aos pa�ses acesso a liquidez, � uma das ferramentas para lidar com eventuais choques e turbul�ncias do mercado financeiro mundial que podem ocorrer pela frente. O FMI vai discutir o assunto com seus membros nos pr�ximos meses, disse ela.

"Temos a vis�o no FMI de que a rede de seguran�a financeira � uma importante parte de um bom sistema financeiro internacional e precisa estar forte e rapidamente dispon�vel para lidar com qualquer circunst�ncia", disse ela em entrevista a jornalistas pela internet nesta quinta-feira, 4.

Lagarde citou como exemplo que essa rede de seguran�a seria �til para um pa�s que est� enfrentando um forte choque dom�stico ou quando um choque externo est� pressionando uma economia e � necess�rio acesso r�pido a capital.

"Vamos trabalhar em instrumentos financeiros existentes, como as linhas de cr�dito flex�veis ou as linhas preventivas de liquidez ou outros tipos de instrumentos", disse. Enquanto a rede de seguran�a se expandiu em tamanho e cobertura desde a crise de 2008, tamb�m se tornou mais fragmentada e assim�trica, afirmou Lagarde. Muitos emergentes n�o conseguem acesso �s linhas internacionais de swap entre bancos centrais, completou.

Lagarde explicou que a chamada "rede de seguran�a financeira" inclui as regras e conven��es que governam as taxas de c�mbio, as reservas, os fluxos internacionais de capitais e tamb�m os arranjos oficiais que permitem pa�ses a acessar liquidez em tempos de turbul�ncia. Entre estes arranjos, ela citou como exemplo as linhas internacionais de swap entre os bancos centrais e outras institui��es usadas na crise de 2008.

"Podemos pensar em ampliar e fortalecer instrumentos financeiros globais preventivos que funcionem para todos. Podemos pensar em aumentar o tamanho da rede de seguran�a", disse.