Os resultados negativos da economia brasileira no fim de 2015 e no come�o deste ano levaram o Banco Credit Suisse a elevar a expectativa de contra��o do PIB do pa�s. Agora o resultado previsto � de queda de 4%, e n�o mais de 3,5%, perspectiva j� ruim que continuar� em 2017, com um recuo de 0,5% a 1%. Com estes n�meros, o pa�s deve mergulhar em um per�odo de recess�o de 3 anos. Um quadro pessimista que n�o ocorre desde 1901, in�cio da s�rie hist�rica, segundo o levantamento.
As informa��es, publicadas na Folha de S�o Paulo desde domingo, mostram ainda que a �ltima vez que o PIB encolheu por dois anos seguidos foi de 1930 a 1931, quando a quebra da bolsa de Nova York impactou drasticamente a economia global. Entretanto, um per�odo de tr�s anos de recess�o nunca ocorreu.
Refor�o no quadro
Na �ltima sexta, o Ita� Unibanco tamb�m divulgou um relat�rio que revisou a sua previs�o de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016 de 2,8% para 4,0%. "A economia recuou acentuadamente no fim do ano passado e indicadores antecedentes sugerem a continuidade da contra��o neste in�cio de ano. Como acreditamos que a economia s� deva se estabilizar a partir do segundo semestre, projetamos agora uma contra��o de 4,0% em 2016", explica o documento, assinado pelo economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn.
A revis�o ocorre dois dias depois de o presidente do banco, Roberto Setubal, ter dito, em teleconfer�ncia com analistas e investidores, que o PIB brasileiro deve apresentar retra��o de 2,5% a 5,0% neste ano.
Apesar de piorar a revis�o para 2016, o banco aponta no relat�rio que melhorou sua proje��o para 2017, agora com uma alta de 0,3%, contra uma estabilidade na estimativa anterior. Mas ponderou que a recupera��o depende da "rea��o da pol�tica econ�mica e de choques internacionais".
Ainda assim, o mercado de trabalho deve apresentar piora nos dois anos, com um aumento da taxa de desemprego para 13,0% em 2016 e para 13,4% no ano seguinte, na Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do IBGE.
Com o enfraquecimento da demanda dom�stica, o Ita� aposta tamb�m em uma desacelera��o da infla��o. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deve subir 7% neste ano, depois de ter avan�ado 10,7% em 2015.