Bras�lia, 25 - Ap�s uma queda de 6,71% da arrecada��o federal em janeiro, o chefe do centro de estudos tribut�rios e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que pela primeira vez foi observada uma varia��o nominal negativa da massa salarial em janeiro. No m�s passado, foi observada uma queda de 0,8% ante o mesmo per�odo de 2015. Ele reconheceu que a diminui��o do emprego come�ou a impactar fortemente na arrecada��o. "O desempenho da arrecada��o foi impactado diretamente pelos indicadores econ�micos", afirmou.
Na avalia��o da Receita, a queda na atividade econ�mica diminui o consumo e a compra de bens dur�veis, onde incide um imposto maior. "Os bens que est�o deixando de ser vendidos s�o os de maior valor e com maior carga tribut�ria", disse Malaquias.
Os dez principais setores da economia apresentaram resultado negativo na arrecada��o no primeiro m�s de 2016 ante o mesmo per�odo de 2015. O pior resultado foi observado na fabrica��o de produtos do fumo, com uma queda real de 36,5%. Em seguida, aparecem as obras de infraestrutura, com uma baixa real de 22,55% e os servi�os de escrit�rio, apoio administrativo e outros servi�os, com uma diminui��o de 27,14%. Com um desempenho parecido e tamb�m registrando queda, aparecem com�rcio varejista, atacadista, fabrica��o de m�quinas e equipamentos, fabrica��o de ve�culos automotores, constru��o de edif�cios, administra��o p�blica, defesa e seguridade social e comercio e repara��o de ve�culos automotores e motocicletas.
Chamou a aten��o da Receita a eleva��o de 87,5% da arrecada��o com Imposto de Renda Pessoa F�sica (IRPF) incidente sobre ganhos de capital na aliena��o de bens. Em 2016, a Receita arrecadou R$ 1,097 bilh�o, enquanto, no mesmo per�odo de 2015, o montante arrecadado foi de R$ 585 milh�es. "Os contribuintes, antes do movimento que se fez de eleva��o ou progressividade dos ganhos de capital, podem ter antecipado esses ganhos para evitar uma poss�vel eleva��o da carga", disse Malaquias.
O Fisco n�o quis fazer uma previs�o para a arrecada��o do ano, mas lembrou que n�o h� uma frustra��o de uma receita espec�fica. "A tend�ncia da arrecada��o � acompanhar o cen�rio econ�mico. Se ele continuar se deteriorando, impactar� na arrecada��o", segundo Malaquias.
A Receita justificou a divulga��o do resultado da arrecada��o na �ltima semana do m�s, o que n�o � usual, por um atraso no processamento das informa��es.