O setor p�blico consolidado (Governo Central, Estados, munic�pios e estatais, com exce��o da Petrobras e Eletrobras) apresentou super�vit prim�rio de R$ 27,913 bilh�es em janeiro, conforme informou nesta sexta-feira, 26, o Banco Central (BC). Este � o melhor resultado para o m�s desde 2013, quando somou R$ 30,251 bilh�es. A s�rie hist�rica do BC teve in�cio em 2001.
Em dezembro de 2015, o resultado havia sido negativo em R$ 71 729 bilh�es com o pagamento das pedaladas e, em janeiro de 2015, foi registrado super�vit de R$ 21,063 bilh�es.
O resultado prim�rio consolidado de janeiro deste ano ficou dentro das estimativas dos 14 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Proje��es, que iam de um super�vit prim�rio de R$ 16,000 bilh�es a R$ 29,400 bilh�es, com mediana de R$ 21,500 bilh�es.
O resultado fiscal de janeiro foi composto por um super�vit de R$ 20,899 bilh�es do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e munic�pios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 7,976 bilh�es no m�s. Enquanto os Estados registraram um super�vit de R$ 6,401 bilh�es, os munic�pios tiveram resultado positivo de R$ 1,576 bilh�o. J� as empresas estatais registraram d�ficit prim�rio de R$ 962 milh�es.
O valor das contas do setor p�blico no primeiro m�s de 2016 representa 5,59% do Produto Interno Bruto (PIB). O Governo Central chegou a 4,18% do PIB e os governos regionais, a 1,60% do PIB. Enquanto os Estados registraram super�vit de 1,28% do PIB, os munic�pios alcan�aram 0,32%. As empresas estatais pesaram com 0,19% do PIB.
Acumulado em 12 meses
As contas do setor p�blico acumulam um d�ficit prim�rio de R$ 104,399 bilh�es em 12 meses at� janeiro, o equivalente a 1,75% do PIB. Segundo o Banco Central, o esfor�o fiscal melhorou em 12 meses em rela��o ao per�odo encerrado em dezembro do ano passado quando o d�ficit estava em 1,88% do PIB.
Desde o an�ncio da nova equipe econ�mica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esfor�o fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo at� mesmo apresentar um vi�s contracionista.
O d�ficit prim�rio nos 12 meses encerrados em janeiro foi influenciado principalmente pelo resultado do Governo Central, cujo d�ficit foi de R$ 105,832 bilh�es (1,78% do PIB). Os governos regionais (Estados e munic�pios) apresentaram um super�vit de R$ 7,117 bilh�es (0,12% do PIB). Enquanto os Estados registraram um super�vit de R$ 6,261 bilh�es, os munic�pios alcan�aram um saldo positivo de R$ 856 milh�es. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 5,684 bilh�es no per�odo.
D�ficit nominal
O setor p�blico consolidado registrou um d�ficit nominal de R$ 28,305 bilh�es em janeiro. Em dezembro, o d�ficit havia sido de R$ 123,821 bilh�es e, em dezembro de 2014, o resultado foi negativo em R$ 60,102 bilh�es. No m�s passado, o Governo Central registrou d�ficit nominal de R$ 27,929 bilh�es. Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 1,188 bilh�o. As empresas estatais registraram d�ficit nominal de R$ 1,515 bilh�o.
Em rela��o ao PIB, o d�ficit nominal de janeiro foi de 5,67%. J� em 12 meses at� o m�s passado correspondeu a 10,82% do PIB, com um saldo negativo de R$ 644,381 bilh�es.
Gasto com juros
O setor p�blico consolidado gastou R$ 56,218 bilh�es com pagamento de juros em janeiro, o equivalente a 11,25% do PIB. Conforme informou o Banco Central, o Governo Central teve no m�s passado uma despesa com juros de R$ 48,878 bilh�es. J� os governos regionais registraram gasto com esta conta de R$ 6,788 bilh�es e as empresas estatais, de R$ 552 milh�es.
Em 12 meses at� janeiro, as despesas com juros dispararam para R$ 539,983 bilh�es, o equivalente a 9,06% do PIB. Nos 12 meses encerrados em dezembro, essa conta estava em R$ 501,786 bilh�es, ou 8,46% do PIB.