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Estado de Minas

Demanda fraca altera expectativa da ind�stria para pr�ximos meses, diz FGV


postado em 29/02/2016 18:13

S�o Paulo, 29 - A queda de 1,5 ponto no �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI) para 74,7 pontos em fevereiro sinaliza que a ligeira recupera��o do indicador nos �ltimos meses n�o deve se confirmar como uma melhora efetiva na percep��o dos empres�rios do setor. O indicador devolveu, no segundo m�s do ano, mais da metade da alta acumulada desde agosto, quando atingiu o piso hist�rico de 73,5 pontos, ressaltou o superintendente adjunto para ciclos econ�micos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo Jr. "O movimento se parece muito mais com uma aterrissagem do que com uma decolagem", exemplificou.

O especialista ressalta que a avalia��o sobre a demanda interna, sobre a demanda agregada, o �mpeto de contrata��es para os tr�s meses � frente e o n�vel de utiliza��o da capacidade instalada ca�ram para os menores n�veis de suas s�ries, iniciadas em 2001. "A pesquisa mostra que a fraqueza da demanda interna suprime os efeitos positivos de fatores que poderiam atenuar o pessimismo no setor, que s�o o n�vel do c�mbio e o ajuste dos estoques,", disse Campelo.

Segundo o economista do Ibre, a percep��o sobre a demanda interna � t�o ruim que gera pessimismo para os pr�ximos meses. N�o por acaso, o �ndice de Expectativas (IE) foi determinante para o recuo da confian�a em fevereiro, ao cair 2,8 pontos, para 72,6 pontos, tamb�m o menor n�vel nos 15 anos da s�rie. "Apesar de a percep��o sobre a demanda externa estar acima da m�dia hist�rica, o indicador de demanda interna est� t�o baixo que derrubou a demanda agregada ao menor n�vel hist�rico", pontuou.

Mesmo em um n�vel mais alto, j� n�o h� o mesmo otimismo que havia antes em rela��o ao cen�rio externo, que j� foi considerado uma esp�cie de t�bua de salva��o para algumas empresas devido ao aumento de competitividade com a desvaloriza��o do real ante o d�lar. "Em rela��o � constru��o, aos servi�os e ao com�rcio, a ind�stria � a que pode se beneficiar mais da frente externa. Mas pode ter havido uma limita��o deste efeito positivo devido ao cen�rio global um pouco duvidoso", disse Campelo, em refer�ncia � desacelera��o da China e d�vidas sobre o crescimento nos Estados Unidos.

Dos 19 segmentos pesquisados, apenas cinco registraram aumento na confian�a na passagem de janeiro para fevereiro: ind�stria qu�mica, limpeza e perfumaria, metalurgia, m�quinas e equipamentos e outros equipamentos de transportes. Quanto ao emprego previsto, a propor��o de ind�strias que pretendem contratar est� no menor n�vel desde 2001. "Apenas 7,9% das 1.101 empresas pesquisadas dizem que pretendem aumentar o total de pessoal ocupado nos pr�ximos tr�s meses", revela Campelo. Por outro lado, o n�vel das que pretendem demitir avan�ou de 21,0% para 29,1% entre janeiro e fevereiro. "A propor��o � alta, mas j� foi mais elevada", ponderou.

De maneira geral, a ind�stria est� sinalizando mais uma diminui��o da produ��o no primeiro semestre de 2016, na avalia��o do especialista. "Se a ind�stria ficasse est�vel a queda na produ��o em 2016 j� seria de 6,2%. Se houver mesmo essa redu��o no primeiro trimestre, vai ser preciso algum crescimento ao longo do ano para n�o haver um desempenho ainda mais fraco neste ano", estimou.

Campelo considera que o desempenho do mercado interno ser� determinante para concretizar uma melhora na confian�a da ind�stria. "Se o consumo das fam�lias parar de piorar t�o fortemente, o setor pode ver confirmado um cen�rio de ligeira melhora que parecia esbo�ar at� a virada do ano", avaliou.


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