Com a ind�stria completando um ano de quedas mensais consecutivas no n�vel de emprego, o gerente-executivo de Pol�tica Econ�mica da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Fl�vio Castelo Branco, avaliou nesta ter�a-feira que a situa��o delicada que o setor viveu em 2015 n�o d� sinais de melhora. Na opini�o do t�cnico, dados de queda com dois d�gitos em diversas �reas, na compara��o com janeiro do ano passado, mostram a profundidade da contra��o.
Segundo ele, a utiliza��o da capacidade instalada (75,9%), que bateu o menor n�vel da s�rie hist�rica iniciada em 2002, indica que os investimentos na ind�stria v�o demorar a recuperar. "Se a demanda reaparecer, com o grau de ociosidade que temos, essas empresas primeiro ir�o reduzir seus estoques, depois voltar a ter produ��o no ritmo normal para, se a demanda se sustentar, come�ar o est�mulo para investimento", afirmou.
PIB
Com o quadro ruim, Castelo Branco informou que a CNI espera uma retra��o de 5% no PIB industrial de 2016. "N�o vemos nenhuma melhora, nem para o segundo semestre", disse.
Selic e pol�tica fiscal
Na v�spera de mais uma reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), Castelo Branco disse que o Banco Central tem limita��es diante de uma "pol�tica fiscal frouxa". "O Banco Central precisa de uma contribui��o mais forte da pol�tica fiscal, que segue expansionista", defendeu ele, que acredita na manuten��o da taxa Selic em 14,25% ao ano.
Para Castelo Branco, o Pa�s j� vive um momento recessivo, com infla��o motivada principalmente por expectativas de indexa��o e ajuste de pre�os administrados. "(Na �ltima reuni�o) o Banco Central foi correto em n�o elevar juros, agravaria o quadro recessivo, teria o impacto de deteriorar ainda mais as contas fiscais, com os encargos sobre a divida", disse.