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Estado de Minas

Furnas e Brookfield podem assumir linha de transmiss�o de Belo Monte


postado em 04/03/2016 21:37

Bras�lia, 04 - A estatal Furnas, do Grupo Eletrobras, e a empresa canadense de investimentos Brookfield avaliam a possibilidade de adquirir ativos do setor el�trico que hoje est�o nas m�os da Abengoa. Duas fontes do setor confirmaram ao jornal "O Estado de S. Paulo" que, nas �ltimas semanas, representantes dessas empresas t�m conversado com membros do Minist�rio de Minas e Energia (MME), para discutir como a transa��o poderia ser feita.

A maior preocupa��o do governo � encontrar um comprador para concluir as obras do chamado "linh�o pr�-Belo Monte", um projeto de 1.854 km de extens�o. Estimado em R$ 1,3 bilh�o, o contrato foi vencido pelos espanh�is da Abengoa no fim de 2012, com o compromisso de ser entregue em opera��o em fevereiro passado. Sem dinheiro, a empresa paralisou as obras. Hoje a linha n�o data definida para ser entregue.

Pela proposta colocada na mesa, a Brookfield passaria a ser dona dos ativos j� conclu�dos pela Abengoa e, em troca, assumiria o compromisso de entregar 100% da linha em funcionamento. Furnas entraria na transa��o como uma s�cia "operacional", para executar as obras, tendo depois a possibilidade de comprar efetivamente uma fatia do neg�cio. A equa��o financeira e o arranjo regulat�rio da transa��o, no entanto, ainda s�o temas de debate dentro do governo.

As empresas n�o comentam o assunto. Os ativos da Abengoa s�o analisados ainda por outras empresas. A Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de projetos e�licos do Brasil, e a chinesa StateGrid, que j� � dona de outra linha de transmiss�o para Belo Monte, j� sinalizaram interesse me assumir os projetos da companhia espanhola, conforme reportagem publicada na semana passada pelo jornal.

O governo tem pressa de dar fim ao impasse. Em processo de pr�-recupera��o judicial na Espanha, a Abengoa se transformou em um grande abacaxi que o governo ainda n�o sabe como descascar. Em 2013 chegou a ser a maior arrematadora de linhas de transmiss�o nos leil�es brasileiros. Hoje, a companhia est� � frente de nada menos que 16 contratos de concess�o no setor el�trico, os quais somam mais de 6 mil quil�metros de rede para entregar energia em diversas regi�es do Pa�s. Ocorre que grande parte dessa rede n�o foi constru�da.

A situa��o tem sido monitorada pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel). Nos c�lculos da ag�ncia, a hidrel�trica de Belo Monte, que em breve deve iniciar sua gera��o comercial de energia, n�o dever� ter dificuldades de entregar sua energia at� meados de outubro deste ano, por conta da rede local j� existente em Altamira, no Par�, pela qual sair� at� a linha de Tucuru�, em Marab�, seguindo para outros Estados. Em novembro, por�m, segundo cronograma de gera��o montado pela ag�ncia, pode ocorrer de o volume de energia gerado pela usina n�o ter rede com capacidade suficiente para distribu�-la.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, n�o quis comentar as negocia��es em torno das empresas. Sobre os problemas com a linha de transmiss�o da Abengoa, Braga garantiu que n�o prejudicar�o a entrega de energia de Belo Monte, que deu in�cio aos testes de suas primeiras m�quinas nas �ltimas semanas. "N�o haver� restri��es. Temos as linhas locais para levar a energia, at� viabilizarmos a rede da Abengoa", disse.

Por meio de nota, a concession�ria Norte Energia, dona da usina, informou que "n�o vai se posicionar sobre a��es que n�o est�o sob sua governan�a e tem plena confian�a numa solu��o para que a energia gerada por Belo Monte possa ser escoada na sua totalidade".


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