Bras�lia – O aumento do desemprego e a infla��o alta, que reduz a renda da popula��o e pressiona o d�lar e as taxas de juros, levaram a caderneta de poupan�a a seguir o caminho de perdas j� verificado no m�s passado. O saldo negativo (dep�sitos menos retiradas) de R$ 6,639 bilh�es em fevereiro da aplica��o mais popular no pa�s foi o maior para o m�s analisado dos �ltimos 21 anos. A fuga de recursos vem ocorrendo desde 2015, mas se acentuou neste come�o de ano.
Em janeiro, a evas�o foi ainda mais forte, de R$ 12,032 bilh�es, o maior para qualquer m�s da hist�ria. Com isso, o primeiro bimestre de 2016 j� conta com saques R$ 18,670 bilh�es maiores do que os investimentos. Em igual per�odo ano passado, as retiradas l�quidas somavam R$ 11,792 bilh�es. O aumento do d�ficit de janeiro e fevereiro de um ano para o outro foi de 58%.
Para meses de fevereiro, a pior marca at� agora havia sido registrada no ano passado, quando as retiradas ficaram R$ 6,264 bilh�es maiores do que os dep�sitos. O resultado do m�s passado s� n�o foi pior porque no �ltimo dia ingressaram R$ 2,507 bilh�es na poupan�a. At� ent�o, a conta estava negativa em R$ 9,146 bilh�es. Isso ocorre com o tradicional aumento dos dep�sitos na caderneta no �ltimo dia �til por causa de aplica��es autom�ticas da conta-corrente, que alguns investidores j� deixam programadas.
A acentuada deteriora��o da caderneta se d� depois de uma recupera��o em dezembro do ano passado, com a inje��o de recursos do pagamento do 13º sal�rio. O saldo positivo de R$ 4,789 bilh�es no �ltimo m�s de 2015 interrompeu uma s�rie de 11 meses de resultados no vermelho.
Al�m da piora do cen�rio econ�mico e do aumento do desemprego, o in�cio de todo ano � marcado pela concentra��o de pagamento de impostos e de gastos extraordin�rios com matr�cula e material escolar. De acordo com o Banco Central, o total de aplica��es no m�s passado foi de R$ 152,451 bilh�es e o de saques, de R$ 159,090 bilh�es. O saldo desse investimento est� em R$ 646,085 bilh�es, j� considerando os rendimentos de R$ 4,082 bilh�es de fevereiro. Mais uma vez, o patrim�nio da caderneta recuou.
Outro ponto que pesa contra a poupan�a � que h� no mercado investimentos mais rent�veis, atrelados ao d�lar e aos juros, por exemplo, e que fizeram a caderneta perder o brilho. A remunera��o da caderneta � formada por uma taxa fixa de 0,5% ao m�s acrescida da Taxa Referencial (TR). O c�lculo vale para quando a taxa b�sica de juros (a Selic, que remunera os t�tulos do governo no mercado financeiro e serve de refer�ncia para as opera��es nos bancos e no com�rcio) estiver acima de 8,5% ao ano. Ele est� em 14,25% ao ano.
e mais...
IPCA sobe 0,36% em BH
Comprar utens�lios para casa, comer em restaurantes e comprar roupas pesaram no bolso do belo-horizontino em fevereiro. O �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pela Funda��o Ipead, vinculada � UFMG. subiu 0,36% no m�s passado, frente a janeiro. No ano, a varia��o acumula 3,31%. Os artigos de resid�ncia tiveram alta de 2,46% no m�s, a alimenta��o em restaurantes encareceu 1,62% e o setor de vestu�rio e complementos aplicou reajuste mensal de 1,2%, em m�dia.
C&A enxuga
A lista das grandes redes de varejo que t�m fechado lojas em 2016 vai ganhar a ades�o da C&A. Depois do surgimento de rumores no mercado financeiro, a companhia confirmou que pretende fechar 12 pontos de venda no Brasil. Outras empresas varejistas t�m encerrado opera��es de lojas, como a Marisa, Pontofrio e o Walmart.
