Bras�lia, 22 - Em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, trocou farpas com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O tema do embate foi a Caixa Econ�mica Federal.
Ap�s pergunta do parlamentar sobre a contabilidade e a taxa de inadimpl�ncia na Caixa, Tombini respondeu que n�o fala sobre institui��es espec�ficas, mas que o Banco Central tem equipes voltadas para acompanhar institui��es desse porte e que avalia tais institui��es constantemente.
Jereissati ent�o rebateu, insistindo e perguntando se haveria motivo para se preocupar com o banco. Tombini ent�o respondeu que o tema � de responsabilidade do BC, que cuida pessoalmente disso.
O senador tamb�m questionou Tombini sobre o eventual risco sist�mico que a Petrobras constitui para o Sistema Financeiro Nacional (SFN), ap�s preju�zo recorde. "N�o h� d�vida de que ela tem esse car�ter sist�mico para o sistema financeiro nacional", disse o presidente do BC.
Serra
�ltimo senador inscrito na audi�ncia p�blica com Tombini na CAE, Jos� Serra (PSDB-SP) apresentou uma s�rie de questionamentos a Tombini. "Parece que o presidente v� com bons olhos o nosso projeto de fixa��o de teto de endividamento p�blico", citou. Ele tamb�m tocou nos temas redu��o dos juros e "explos�o" do risco Brasil. "Somos, de longe, os campe�es de taxas de juros mais elevadas", afirmou o senador.
Juntando pol�tica e economia, Serra afirmou n�o estar dizendo que a sa�da da presidente Dilma Rousseff resolveria o problema econ�mico do Pa�s. Serra tamb�m falou sobre a deteriora��o fiscal e voltou a criticar o diretor de assuntos internacionais do BC, Tony Volpon, ainda que n�o tenha citado seu nome. Esta n�o � a primeira vez que houve um embate entre os dois. "Uma parte da diretoria sabe de economia e outra parte n�o sabe", alfinetou, de forma indireta, o senador. Volpon est� em evento no Jap�o.
Serra diz que os votos minorit�rios do Copom (Volpon e Sidnei Marques, que t�m mantido posi��o sobre alta dos juros) s�o equivocados e que espera uma mudan�a dessa tend�ncia. Para o senador, a infla��o ainda est� alta por causa do fator inercial e da indexa��o da economia brasileira. "O que estou falando � sobre a necessidade de atuar sobre esses fatores, e n�o s� usando juros", argumentou.