Rio, 23 - A taxa de desemprego de fevereiro remete ao patamar observado em 2009, quando o mercado de trabalho ainda se ressentia dos efeitos da crise internacional agravada em setembro de 2008, mas o quadro atual � melhor qualitativamente, na avalia��o Adriana Beringuy, t�cnica da Coordena��o de Trabalho e Rendimento (Coren) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Mais cedo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE revelou que a taxa de desemprego de 8,2% em fevereiro foi a maior registrada para o m�s desde fevereiro de 2009, quando foi de 8,5%.
Segundo Adriana, "vari�veis qualitativas ainda preservam caracter�sticas bem mais favor�veis do que em fevereiro de 2009". "O cen�rio � diferente. O rendimento da popula��o ocupada hoje ainda � bem maior do que se observava em fevereiro de 2009. Hoje, o trabalho com carteira abrange aproximadamente 11,5 milh�es de pessoas. L� em 2009, isso estava na casa de 8 milh�es", afirmou a pesquisadora do IBGE.
Adriana destacou ainda que o rendimento vinha numa trajet�ria de crescimento real de 2005 a 2014. Em fevereiro do ano passado, o processo de crescimento foi interrompido e, neste ano, a queda se acentuou. Entre os motivos para a queda de 2015 para 2016, a pesquisadora do IBGE citou a queda nos rendimentos nominais, na esteira das demiss�es e das restri��es a reajustes significativos nas negocia��es salariais, e a infla��o elevada, que corr�i o poder de compra.