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Estado de Minas

Redu��o do emprego � generalizada, diz IBGE


postado em 24/03/2016 12:37

Rio, 24 - A Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD) Cont�nua divulgada nesta quinta-feira, 24, mostrou uma queda generalizada no emprego, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Nacional de Geografia e Estat�stica (IBGE), Cimar Azeredo. Isso porque houve queda recorde no emprego com carteira assinada, mas tamb�m recuo no emprego sem carteira no setor privado. A resposta a esse quadro foi uma alta de 6,1% do n�mero de pessoas trabalhando por conta pr�pria no trimestre encerrado em janeiro de 2016.

O emprego com carteira assinada recuou 3,6% no trimestre encerrado em janeiro, frente ao igual per�odo do ano anterior. Isso significa que 1,318 milh�o de pessoas deixaram de ter carteira em um ano, contingente recorde na s�rie hist�rica iniciada no primeiro trimestre de 2012. Ao mesmo tempo, o emprego no setor privado sem carteira tamb�m perdeu for�a, recuando 5,9% na mesma base de compara��o, ou menos 614 mil pessoas.

"O natural �: caiu o emprego sem carteira porque subiu o emprego com carteira assinada. N�o � o que est� acontecendo. O que a gente est� vendo � a queda do emprego formal e do que n�o � formal. At� mesmo os pequenos neg�cios ou empresas que n�o est�o registradas est�o com dificuldades e apresentando redu��o em seu contingente de empregados", afirmou Azeredo.

Para o coordenador da PNAD Cont�nua, a queda na qualidade do emprego � uma das maiores preocupa��es trazidas pela crise econ�mica. "O aumento do n�mero de pessoas com carteira assinada foi uma grande conquista do Pa�s nos �ltimos anos. Isso significa garantias como seguro desemprego e fundo de garantia (FGTS). Isso se perdeu em grande parte", disse.

A situa��o do mercado � t�o cr�tica que no trimestre encerrado em janeiro o IBGE detectou um aumento recorde na popula��o desocupada, que cresceu para 9,623 milh�es de pessoas. Isso mostra que al�m de n�o reter os empregos tempor�rios geralmente criados em dezembro houve uma dispensa superior a de outros in�cios de ano.

Setores

O trabalho na ind�stria registrou uma queda de 8,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016, ante o mesmo per�odo de 2015. O porcentual foi recorde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD) Cont�nua. Ao todo foram cortadas 1,131 milh�o de vagas no setor industrial no per�odo, volume tamb�m in�dito.

O emprego no grupamento Informa��o, Comunica��o e Atividades financeiras, Imobili�rias, Profissionais e Administrativas tamb�m teve recuo significativo no trimestre: 7,7%. Na pr�tica isso significou menos 809 mil postos de trabalho.

Para Cimar Azeredo, as demiss�es nesses grupos preocupam principalmente por se tratarem de �reas que costumam ter maior n�vel de formaliza��o. "Isso mostra que a redu��o do n�mero de trabalhadores com carteira assinada pode estar vindo dessas atividades", destacou.

Servi�os dom�sticos

O coordenador da pesquisa chama aten��o tamb�m para um outro movimento: a retomada do crescimento dos servi�os dom�sticos. No trimestre encerrado em janeiro esses servi�os registraram alta de 5,2%, com mais 314 mil pessoas aderindo ao emprego dom�stico. A compara��o � com o igual trimestre do ano passado.

Com a crise econ�mica o emprego dom�stico voltou a ganhar f�lego nos �ltimos quatro trimestres, revela a pesquisa do IBGE. O movimento � um retrocesso, j� que nos �ltimos anos o aumento da escolaridade, qualifica��o e gera��o de postos de trabalho em outros segmentos estavam dando outras oportunidades a uma camada da popula��o com menor renda e que em geral concentrava os servi�os dom�sticos. "Um cen�rio econ�mico ruim traz algumas mazelas. Essa � uma delas", disse Azeredo.

Ao mesmo tempo em que o emprego dom�stico subiu, o rendimento m�dio real habitual nesse tipo de servi�o caiu 0,9% no trimestre at� janeiro, passando de R$ 784 para R$ 777. Segundo Azeredo, isso � ainda mais alarmante por ocorrer a despeito do aumento do sal�rio m�nimo. Esse decr�scimo � resultado da perda do poder de barganha dos profissionais dom�sticos em fun��o do aumento do contingente de pessoas buscando esse tipo de emprego e da queda da renda em geral, impedindo o empregador de pagar melhores sal�rios.


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