Barbosa enfatiza que Brasil n�o est� em situa��o de insolv�ncia

Bras�lia, 29 - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, enfatizou nesta ter�a-feira, 29, que o Brasil n�o est� em situa��o de insolv�ncia e ir� honrar todos os seus compromissos. "N�o vamos confundir volatilidade com insolv�ncia. O governo brasileiro n�o est� deixando de honrar seus compromissos, muito pelo contr�rio", afirmou, na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado.

Para Barbosa, quem compra um t�tulo p�blico, seja dom�stico ou internacional, est� fazendo um bom investimento. "O investidor que comprar t�tulo do Brasil est� fazendo investimento seguro e de alta rentabilidade", defendeu.

O ministro citou a �ltima emiss�o externa de t�tulos realizada no dia 10 de mar�o para destacar que a demanda pelos pap�is foi de quatro a cinco vezes superior � oferta de t�tulos. Na ocasi�o, o Tesouro Nacional captou US$ 1,5 bilh�o em b�nus da d�vida externa brasileira com prazo de vencimento em 10 anos, o Global 2026. "Pagamos uma taxa 125 pontos b�sicos menor do que a que esper�vamos. Mesmo ap�s o downgrade, h� grande demanda por t�tulos brasileiros no exterior", acrescentou.

Barbosa disse ainda que o governo ir� honrar n�o apenas compromissos financeiros, mas tamb�m os compromissos com a popula��o brasileira, como a conclus�o de investimentos. "Por isso pedimos a autoriza��o do Congresso para reduzir a meta fiscal de 2016", completou.

Em resposta a questionamentos dos parlamentares, Barbosa avaliou tamb�m que uma taxa de juros menor, se poss�vel, � melhor para todos. "Mas a infla��o caindo vai possibilitar uma redu��o da taxa de juros", concluiu.

Democracia

Barbosa pediu no Senado que se d� tempo � democracia, para que os atuais problemas fiscais do Brasil possam ser enfrentados. "Chegamos no momento de ter uma discuss�o fiscal ampla, profunda e muito bem detalhada. Desafio fiscal tem uma boa not�cia: s� depende de n�s mesmos. Mas tamb�m tem uma m� not�cia: s� depende de n�s mesmos", afirmou.

Para o ministro, os problemas fiscais n�o t�m solu��o r�pida e n�o ser�o eliminados "num passe de m�gica", qualquer que seja a solu��o pol�tica encontrada para o momento atual. "Se der tempo � democracia, a democracia resolve", disse aos parlamentares.

Dep�sito remunerado volunt�rio

Barbosa disse tamb�m que o dep�sito remunerado volunt�rio no Banco Central, cuja proposta de cria��o foi enviada pelo governo ao Congresso, provavelmente ser� de curto prazo. Ele repetiu ainda que a taxa de remunera��o desses recursos ser� pr�xima da Selic (a taxa b�sica de juros).

Segundo ele, alguns pa�ses pagam um pouco mais e outros um pouco menos que a taxa b�sica. "Essa � uma discuss�o que se tem no mundo. Pode-se pagar acima porque n�o h� t�tulo correspondente, ou abaixo para for�ar os bancos a emprestarem", exemplificou. "Mas primeiro o Congresso tem que aprovar a cria��o do dep�sito. Discutir a remunera��o ser� o passo seguinte", completou.