S�o Paulo, 30 - Para economistas, o rombo nas contas do governo central (Tesouro Nacional, Previd�ncia e Banco Central) em fevereiro, de R$ 25 bilh�es, indica que mesmo a previs�o do pr�prio governo de d�ficit de at� R$ 96 bilh�es para o ano pode estar subestimada. "Preocupa��o fiscal praticamente n�o existe. As receitas est�o caindo - uma queda de 2% da receita em termos nominais � muito significativo - e os gastos continuam subindo", disse o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.
Para ele, o resultado nominal precisa ganhar mais import�ncia, j� que o peso dos encargos da d�vida est�o alarmantes. "O Brasil se escondeu em super�vit prim�rio por anos e deixou o custo da d�vida subir demais. Agora, o problema est� bem grave: o d�ficit pode ser muito pior do que o esperado e podemos ver uma explos�o da d�vida p�blica", declarou.
Biscuola ainda disse a recess�o econ�mica foi "contratada" h� anos, com decis�es erradas, principalmente a partir de 2014. "A crise ent�o n�o � tanto pelo vi�s pol�tico, mas o agravamento dela pode ter a influ�ncia do pol�tico, especialmente pela queda de confian�a e posterga��o de tomada de decis�es", afirmou.
Rafael Bistafa, economista da Rosenberg Associados, lembra que as despesas prim�rias do governo central subiram 8% em termos reais em fevereiro ante o mesmo m�s de 2015, e que esse aumento indica que o Poder Executivo liberou os gastos com a nova meta fiscal, que permite um d�ficit prim�rio de at� R$ 96 bilh�es neste ano. "O avan�o dos gastos foi generalizado", disse. Segundo ele, foi registrado aumento de despesas, por exemplo, em benef�cios previdenci�rios, pagamento de seguro desemprego e o Programa de Acelera��o do Crescimento, uma indica��o de tentativa de aumento de investimentos p�blicos.
"Por outro lado, a receita l�quida do governo central caiu 13% em fevereiro de 2016 em rela��o ao mesmo m�s do ano passado, um resultado coerente com a profunda recess�o da economia", disse o economista. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Rombo pode at� superar R$ 96 bilh�es, diz economista
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