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Estado de Minas

Mais do que uma miss�o, infla��o baixa � um compromisso do BC, diz diretor


postado em 31/03/2016 12:37

Bras�lia, 31 - O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Altamir Lopes, disse nesta quinta-feira, 31, na apresenta��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI), que uma infla��o baixa e est�vel � sempre precondi��o para crescimento sustent�vel. "Mais que uma miss�o, esse � um compromisso do BC", pontuou.

Ele come�ou o detalhamento do RTI apresentando dados que mostram que a modera��o no crescimento global tem certa heterogeneidade, com destaque para a desacelera��o da China - e outras economias emergentes - maior que a prevista. "Na China, o processo de desacelera��o vem sendo muito marcado", exemplificou. "Esse cen�rio de maior acomoda��o traz modera��o do pre�o das commodities, principalmente do petr�leo", acrescentou.

Lopes mostrou dados sobre a desacelera��o da atividade tamb�m em economias avan�adas, como as dos Estados Unidos, da Uni�o Europeia e do Jap�o. "� um cen�rio de desacelera��o bastante pronunciada em rela��o a expectativas anteriores", comentou,

O diretor citou que essa din�mica gera um ambiente de infla��o muito baixa nesses pa�ses, trazendo tamb�m press�es desinflacion�rias para o Brasil. "Nesse cen�rio, pol�tica monet�ria � acomodat�cia de modo geral (no mundo)", completou.

Por isso, de acordo ele, o processo decis�rio de pol�tica monet�ria em todos os pa�ses est� vinculado � complexidade do cen�rio internacional.

Pol�tica monet�ria

Em apresenta��o usada pelo diretor de Pol�tica Econ�mica, o BC reiterou que as incertezas associadas ao balan�o de riscos n�o permitem trabalhar com a hip�tese de flexibiliza��o da pol�tica monet�ria. A avalia��o vem em linha com o �ltimo relat�rio, apresentado em dezembro, e com o que o presidente da autoridade monet�ria, Alexandre Tombini, disse na �ltima semana em audi�ncia no Senado.

O BC diz ainda que adotar� medidas necess�rias de forma a assegurar o cumprimento das metas de infla��o de 2016 para dentro dos limites da meta em 2016 e alcan�ar a meta de 4,5% em 2017.

C�mbio e balan�a comercial

Altamir Lopes afirmou tamb�m que a desvaloriza��o do real trouxe benef�cios para a balan�a comercial. "Mudan�a do c�mbio, associada � acomoda��o da demanda dom�stica e � competitividade do trabalho trouxeram benef�cios", disse.

Segundo ele, pelas proje��es, haver� uma s�rie de super�vits robustos da balan�a, favorecendo setor externo. Lopes destacou que a redu��o do d�ficit em transa��es correntes tem como contrapartida uma quase estabilidade do investimento direto no Pa�s, com uma queda que "n�o � t�o expressiva".

Em sua apresenta��o, o diretor se limitou apenas a repetir n�meros de previs�o do BC para PIB, sem fazer an�lise.

Lopes afirmou ainda que h� uma sobra financeira no mercado de US$ 20,1 bi em 2016. "Proje��o aponta para excesso de recursos. Tem um excesso de d�lares na economia da ordem de US$ 20 bilh�es", disse.

Queda do petr�leo

O diretor de Pol�tica Econ�mica do BC comentou que a queda no pre�o do barril do petr�leo trazem dificuldades financeiras para o Pa�s e empresas produtoras. "Esse cen�rio de incerteza acabou afetando as economias, emergentes principalmente, de maneira muito significativa", avaliou.

Segundo ele, o comportamento do d�lar, com valoriza��o significativa e recente estabiliza��o, trouxe impacto, mais marcadamente, sobre o Brasil.

Em sua apresenta��o, Lopes trouxe ainda a avalia��o que o ajustamento do balan�o de pagamentos deve se intensificar neste ano, com menor necessidade de financiamento externo.

Ajuste fiscal

Altamir Lopes avaliou que a quest�o fiscal brasileira tem sido marcada por uma desacelera��o muito pronunciada das receitas, mas com redu��o das despesas bem inferior.

Ele citou que o comportamento leva a um resultado fiscal prim�rio deficit�rio de 2,1% do PIB em 12 meses at� fevereiro, incluindo o pagamento das pedaladas. Considerando os juros, o d�ficit nominal chegou a 10,7% do PIB no mesmo per�odo.

"Vamos um d�ficit nominal elevado no per�odo � frente, n�o apenas pelo prim�rio, mas tamb�m pela conta financeira", afirmou.

Como consequ�ncia, Altamir elencou o aumento do endividamento p�blico e citou que a eleva��o da d�vida bruta tem a ver tamb�m com o aumento das opera��es compromissadas. O diretor admitiu que o quadro fiscal no curto prazo � ruim, mas ponderou que as expectativas em rela��o �s medidas fiscais anunciadas pelo governo na semana passada s�o positivas. "Reconhecer que a meta � ruim ajuda a evitar volatilidade", completou.

O diretor explicou que a data de corte do RTI - 18 de mar�o - fez com que o documento ainda n�o considerasse a proposta de altera��o da nova meta fiscal do governo. "A mudan�a fiscal n�o tem forte impacto em nossas proje��es de curto prazo. N�o � o 0,5% ou 0,15% de fiscal que vai mudar nossa proje��o de infla��o", argumentou.


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