S�o Paulo, 05 - O diretor executivo do Brasil no Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Otaviano Canuto, afirmou nesta ter�a-feira, 5, que n�o v� um afrouxamento do rigor fiscal por parte do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Questionado sobre o assunto, ele ressaltou que o ministro, desde que assumiu o comando da equipe econ�mica, tem falado sobre a necessidade de responsabilidade fiscal.
"N�s estamos em uma situa��o muito extraordin�ria, em que a din�mica pol�tica predomina sobre todo resto. Mesmo assim, a julgar pelo que Barbosa tem dito desde que assumiu, essa � a dire��o, de responsabilidade fiscal, de pedir em troca de uma maior flexibilidade no curto prazo programas de aprofundamento da arquitetura de responsabilidade fiscal no m�dio e longo prazo", comentou ap�s participar de evento na C�mara Americana de Com�rcio.
Canuto lembrou ainda a insist�ncia de Barbosa na necessidade de se discutir uma reforma da Previd�ncia.
Lava Jato
Apesar de avaliar que a crise pol�tica tem afetado negativamente os investimentos do setor privado, o diretor executivo do FMI considera que o efeito da opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, pode ser positivo no m�dio prazo.
Canuto avaliou que � esperada uma maior concorr�ncia no setor privado na disputa por licita��es p�blicas ap�s os efeitos da Lava Jato. "Isso � uma parcela grande do PIB brasileiro e vai haver mais concorr�ncia como resultado direto do desmonte" dos cart�is, declarou.
O diretor do FMI considerou ainda que, como efeito da Lava Jato, o gasto p�blico tamb�m tende a ser mais eficiente, em raz�o do "desaparecimento do ped�gio que era cobrado como contrapartida do cartel". "Acredito que o Brasil est� dando um sinal para o resto do mundo de preval�ncia da lei", concluiu.
Publicidade
Barbosa desde que assumiu tem discurso de responsabilidade fiscal, diz Canuto
Publicidade
