No m�s passado, a diferen�a entre o que os brasileiros gastaram l� fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 694 milh�es. O resultado � menor do que o saldo negativo de US$ 955 milh�es visto em igual m�s do ano passado. No entanto, � maior do que o d�ficit de US$ 242 milh�es registrado em fevereiro.
Esse aumento de gastos na margem, explicou Maciel, teve influ�ncia das regras de tributa��o para ag�ncias de viagem, o que deixou os gastos represados. No in�cio do ano, a al�quota para remessas por essas empresas havia subido para 20%; depois de press�o do setor de turismo, o governo cedeu e reduziu para o mesmo valor do cart�o de cr�dito quando usado em compras no exterior, 6,38%. "Com essa mudan�a de al�quotas valores ficaram represados", explicou.
"� importante lembrar que esse � um item sens�vel a taxa de c�mbio. Mas movimentos de valoriza��o do c�mbio tendem a favorecer essas despesas", observou. A parcial de viagens mostra despesas l�quidas de US$ 375 milh�es, valor formado por receitas de US$ 260 milh�es e despesas de US$ 635 milh�es. Maciel relatou ainda que a conta de servi�o com transportes mostra d�ficit de US$ 764 milh�es contra US$ 1,802 bilh�o em igual per�odo do ano passado - uma queda em torno de US$ 1 bilh�o. "Isso reflete a retra��o da corrente de com�rcio, mas tamb�m queda na compra de passagens a�reas por brasileiros. Quando esse fluxo diminui, afeta o item de transportes", justificou.
Remessa de lucros e dividendos
Tulio Maciel afirmou que o n�vel hist�rico de lucros e dividendos, apesar de ter havido um aumento de remessas entre mar�o e igual m�s do ano passado, est� em patamar reduzido por retra��o da atividade econ�mica. A parcial de lucros e dividendos, at� 18 de abril, mostra sa�da l�quida de US$ 380 milh�es.
A taxa de rolagem subiu para 71% em abril at� o dia 18, segundo informou o chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central. Em mar�o, a taxa havia sido de 29%. "Houve uma melhora, mas continua abaixo de 100%", comparou. Segundo ele, a taxa dos pap�is este m�s at� a �ltima segunda-feira ficou em 27%, enquanto a dos empr�stimos diretos, em 87%.
Taxa de rolagem
A taxa de rolagem subiu para 71% em abril at� o dia 18, segundo Tulio Maciel. Em mar�o, a taxa havia sido de 29%. "Houve uma melhora, mas continua abaixo de 100%", comparou. Segundo ele, a taxa dos pap�is este m�s at� a �ltima segunda-feira ficou em 27%, enquanto a dos empr�stimos diretos, em 87%.
Renda fixa
O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central informou tamb�m que, at� o dia 18 deste m�s, houve interrup��o da tend�ncia de sa�da de recursos vista nos �ltimos meses para a renda fixa, com um ingresso de US$ 130 milh�es no per�odo. No caso de investimentos em a��es, permanece a tend�ncia de entradas j� vista nos meses anteriores, com um total de US$ 1,151 bilh�o at� a �ltima segunda-feira.
No m�s passado, o ingresso em investimento em carteira para a��es foi de US$ 1,824 bilh�o e, no trimestre, de US$ 2,460 bilh�es. "Isso reflete, em parte, a rentabilidade da Bovespa no ano", comentou Maciel.
J� em renda fixa houve sa�da de US$ 1,965 bilh�o no m�s passado, dando continuidade �s sa�das l�quidas de t�tulos de renda fixa nos primeiros meses de 2016 - US$ 7,070 bilh�es no trimestre.
"Tivemos ingressos vultosos, de US$ 16,3 bilh�es em 2015 e de US$ 17,1 bilh�es em 2014. Ou seja, mais de US$ 40 bilh�es nestes dois �ltimos anos", comparou o economista do BC. "Agora, temos uma realiza��o dessas aplica��es. Isso em algum momento seria observado", continuou.
Custo de capta��o
Para Maciel, em per�odos de incertezas, � comum haver alta de custo de capta��o e que a estrat�gia de muitas empresas � a de n�o manter passivos de alto custo no longo prazo. Ele identificou tamb�m que, at� por conta disso, os t�tulos de longo prazo est�o sendo rolados no curto prazo. "Mas essa migra��o � modesta em termos de representatividade da d�vida", ponderou.
Em dezembro do ano passado, as d�vidas de curto prazo somavam US$ 51,031 bilh�es e, em mar�o, passaram para US$ 59,037 bilh�es. Ao mesmo tempo, os vencimentos de longo prazo ca�ram de US$ 283,605 bilh�es para US$ 274,586 bilh�es.
A d�vida externa bruta no mesmo per�odo encolheu de US$ 334,636 bilh�es para US$ 333,623 bilh�es.
Fluxo cambial
Maciel informou ainda que a diferen�a entre ingresso e sa�da de capital estrangeiro no Brasil deixou um saldo positivo em abril, at� dia 18, de US$ 4,070 bilh�es. Esse montante foi formado por um saldo comercial positivo em US$ 3,234 bilh�es e por um saldo financeiro, tamb�m positivo, de US$ 836 milh�es.
Segundo ele, o saldo comercial foi constitu�do de exporta��es totais de US$ 8,296 bilh�es, sendo US$ 1,611 bilh�o de ACC, US$ 2,257 bilh�es de PA e US$ 4,428 bilh�es de outras fontes.
As importa��es ficaram em US$ 5,062 bilh�es, deixando um saldo comercial positivo de US$ 3,234 bilh�es. J� o saldo financeiro positivo de US$ 836 bilh�es foi formado pela diferen�a entre ingressos de US$ 23,122 bilh�es e sa�das de US$ 22,287 bilh�es.
Maciel tamb�m divulgou a posi��o de c�mbio dos bancos. At� 18 de abril, essa posi��o estava vendida em US$ 26,391 bilh�es, n�mero 13,37% menor que o registrado no fechamento de mar�o, quando a posi��o estava vendida em US$ 30,464 bilh�es.