Reajuste do IRPF alivia contribuintes mas n�o cobre defasagem, diz Sindifisco

Bras�lia, 02 - O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Claudio Nacional, avaliou nesta segunda-feira, 2, que o reajuste de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa F�sica (IRPF) anunciado pelo governo d� pequeno al�vio tribut�rio aos contribuintes, mas est� longe de cobrir a defasagem em rela��o � corre��o da infla��o.

Pelos c�lculos do Sindifisco, a defasagem acumulada desde 1996 chegar� ao final deste ano em 84,13%. Ao final de 2017, as proje��es do sindicato indicam uma defasagem de 85,74%.

Se essa defasagem tivesse sido corrigida, estariam isentos do pagamento do IRPF as pessoas que ganham at� R$ 3.505,80. "Esses contribuintes n�o estariam pagando o imposto. Esse � o lado mais perverso da defasagem", criticou o dirigente sindical. Ele destacou que a tabela n�o ter� influ�ncia em rela��o ao pagamento do imposto este ano e s� entrar� em vigor a partir de janeiro de 2017, com ajuste a ser feito na declara��o do IRPF de 2018.

"O reajuste de 5% sequer vai reverter a tend�ncia de aumento da defasagem, mas n�o deixa de ser um al�vio notadamente para aquelas pessoas que est�o com grande endividamento", afirmou ele.

Al�quota

O presidente do Sindifisco Nacional avaliou ainda que � preciso ter cautela com as propostas de cria��o de uma nova al�quota do IRPF para atingir rendas mais altas. "Tenho visto com preocupa��o a cria��o de novas al�quotas. Pode n�o trazer o efeito que o governo espera", afirmou.

Na sua avalia��o, a medida pode penalizar os contribuintes que j� suportam a carga mais elevada e n�o atingir de fato os profissionais liberais e acionistas de grandes empresas que pagam menos imposto. Ele defendeu o fim da isen��o da tributa��o de lucros de dividendos distribu�dos a s�cios e acionistas de empresas. Outra medida sugerida pelo Sindifisco � o fim da isen��o sobre remessa de lucro ao exterior.