(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

FMI: Brasil � exemplo de como corrup��o pode desestabilizar sistema pol�tico


postado em 11/05/2016 17:07

Nova York, 11 - Os esc�ndalos recentes de corrup��o no Brasil ilustram como as investiga��es sobre o desvio de dinheiro p�blico podem desestabilizar o sistema pol�tico de um pa�s, afirma um estudo do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) divulgado nesta quarta-feira, 11. Uma das consequ�ncias da corrup��o, quando � sist�mica, � que ela pode desencadear instabilidade pol�tica e afetar o crescimento econ�mico de um pa�s, conclui a an�lise.

O estudo usa o Brasil e a Guatemala como exemplos das consequ�ncias da corrup��o para a pol�tica. Neste �ltimo pa�s, o presidente e o vice-presidente eleitos ca�ram em 2015 ap�s a descoberta de um esc�ndalo envolvendo desvio de recursos arrecadados com impostos. Esse ambiente aumenta a incerteza dos consumidores e investidores, com impacto negativo na confian�a e consequentemente nas decis�es de gastos em consumo e investimento.

No Brasil, al�m da instabilidade pol�tica, a corrup��o vem tendo outras consequ�ncias e contribuiu tamb�m para o aumento dos custos para tomar recursos no mercado internacional, de acordo com o estudo. Ou seja, fica mais dif�cil e caro para empresas e governos captarem dinheiro no exterior. "Ind�cios de corrup��o na Petrobras contribu�ram para uma s�rie de downgrades de cr�dito do Brasil pelas tr�s principais empresas globais de classifica��o de cr�dito", afirma o relat�rio do FMI. Pa�ses com alto n�vel de corrup��o tendem a ter maior risco de default, elevando assim os custos de cr�dito.

Uma das principais conclus�es do relat�rio do FMI � que a corrup��o reduz o crescimento econ�mico e o desenvolvimento de um pa�s. Al�m disso, tem custos altos para a sociedade. O estudo cita recentes estimativas que apontam que somente em propinas s�o pagos algo entre US$ 1,5 trilh�o a US$ 2 trilh�es por ano nos pa�ses em desenvolvimento e avan�ados.

"Enquanto os custos econ�micos diretos da corrup��o s�o bem conhecidos, os custos indiretos podem ser ainda mais substanciais e danosos, levando a baixo crescimento e mais desigualdade de renda", afirma a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em um texto divulgado junto com o relat�rio.

Ao combater a corrup��o, os pa�ses podem aumentar a estabilidade econ�mica e estimular a expans�o da atividade, de acordo com o FMI. "Os governos ao redor do mundo enfrentam o desafio de resolver as crescentes preocupa��es dos cidad�os sobre a elevada corrup��o, como evidenciado por recentes esc�ndalos em muitos pa�ses."

O estudo do FMI lista uma s�rie de consequ�ncias da corrup��o para a atividade econ�mica. Uma delas � que essas pr�ticas aumentam a evas�o de impostos, o que dificulta a arrecada��o dos governos e a capacidade de desempenhar fun��es p�blicas b�sicas. Outra consequ�ncia � que ao inflar custos de obras p�blicas, a corrup��o reduz a qualidade e a quantidade do gasto p�blico.

A corrup��o tamb�m amea�a a estabilidade do setor financeiro. Os bancos, por exemplo, podem ter dificuldades em reaver recursos emprestados para empresas envolvidas em esc�ndalos de corrup��o.

Para lidar com a corrup��o, o FMI faz uma s�rie de recomenda��es aos governos. Transpar�ncia � a principal delas. "Os pa�ses precisam adotar padr�es internacionais na transpar�ncia fiscal e financeira." Para assegurar o cumprimento da lei, o estudo ressalta que � preciso ter uma amea�a confi�vel de que quem comete irregularidades ser� punido.

Um arcabou�o jur�dico claro � necess�rio, mas � preciso evitar excesso de regulamenta��o, afirma o FMI. O Brasil � citado, junto com Gr�cia e Hungria, como pa�s que tem regula��o e burocracia al�m do necess�rio, o que n�o contribui para a melhora do ambiente de neg�cios.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)