Bras�lia, 18 - O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), apontou nesta quarta-feira, 18, uma perspectiva ainda maior para o d�ficit fiscal. De acordo com o peemedebista, o novo ministro do Planejamento, Romero Juc� (PMDB-RR), disse que o d�ficit pode passar de R$ 160 bilh�es.
As estimativas do partido do presidente em exerc�cio Michel Temer para o d�ficit v�m crescendo vertiginosamente desde que assumiu o governo. Ainda no dia da vota��o que afastou a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, Juc� informou que poderia ser necess�rio revisar a meta fiscal al�m do valor enviado pelo governo Dilma ao Congresso, de um d�ficit de R$ 96 bilh�es. Na �poca, ele n�o entrou em detalhes.
Na primeira semana de governo, o valor do d�ficit foi estimado pela equipe econ�mica em R$ 130 bilh�es. Em reuni�o nesta manh� entre Michel Temer e l�deres do Senado no Jaburu, o n�mero era de "algo superior a R$ 150 bilh�es", segundo o l�der do PSDB, C�ssio Cunha Lima (PB).
A estrat�gia do novo governo � apresentar uma meta de d�ficit n�o apenas real, mas at� mesmo extrapolada. Desta forma, o governo n�o teria que passar pelo mesmo sufoco que a presidente Dilma, que precisou revisar a meta de 2015 no final do ano passado.
Al�m disso, caso o valor aprovado hoje seja superior ao que o governo de fato planeja gastar, seria poss�vel argumentar futuramente que a gest�o Temer conseguiu fazer um d�ficit inferior ao programado. O n�mero assustador de hoje poderia se tornar uma propaganda positiva ao fim do ano.
Renan Calheiros tamb�m confirmou que a vota��o da revis�o da meta fiscal ser� realizada na pr�xima ter�a-feira, 24, em sess�o do Congresso Nacional. Ele sinalizou que a vota��o ocorrer� no plen�rio independentemente da sess�o da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO). Normalmente, o projeto de revis�o da meta fiscal � aprovado primeiro na comiss�o e s� depois segue para plen�rio.