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Estado de Minas

Calote no cart�o de cr�dito aumenta

Quase quatro em cada 10 pessoas com d�vidas na conta do dinheiro de pl�stico recorreram ao pagamento m�nimo da fatura no m�s passado


postado em 27/05/2016 06:00 / atualizado em 27/05/2016 07:44

Em abril, a taxa média do rotativo foi de 448,6% ao ano. A alta passa de 100 pontos percentuais frente a 2015(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Em abril, a taxa m�dia do rotativo foi de 448,6% ao ano. A alta passa de 100 pontos percentuais frente a 2015 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Bras�lia – Os consumidores est�o atolados em d�vidas com cart�o de cr�dito. Em abril, a inadimpl�ncia do rotativo cravou em 36,4%, de acordo com dados do Banco Central (BC). Isso significa que, em m�dia, quase quatro em cada 10 pessoas recorreram ao pagamento m�nimo da fatura ou utilizaram a fun��o saque da ferramenta de pl�stico e est�o h� mais de 90 dias sem honrar o compromisso. Na compara��o com mar�o, no entanto, a taxa de calote recuou 0,2 ponto percentual. Mas, para analistas, foi uma queda pontual. Em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior, o �ndice subiu 1,9 ponto percentual.


Entre os motivos que explicam o alto calote nessa modalidade de cr�dito � a retra��o da economia. Com o desaquecimento da atividade, as fam�lias consomem menos no mercado de bens e servi�os. Dessa forma, comerciantes e prestadores de servi�os est�o reduzindo investimentos e demandando menos da ind�stria – que, por sua vez, tamb�m freia a produ��o e reduz a produ��o de manufaturados.


Com menos consumo – inclusive entre empresas –, o corte de trabalhadores acaba sendo inevit�vel. Frente a redu��o dos postos no mercado de trabalho, cai a renda dispon�vel na economia. Junto a isso, h� uma infla��o ainda alta, que corr�i o poder de compra das fam�lias. Para manter os gastos, ainda que de produtos essenciais, os consumidores acabam se endividando e recorrendo ao cart�o de cr�dito como uma extens�o dos sal�rios.


E todo esse cen�rio refor�a outro fator preponderante para o atraso de pagamentos: as taxas de juros. A presen�a de riscos �s institui��es financeiras, mediante as incertezas em receber o pagamento do empr�stimo concedido, fez os bancos aumentarem exponencialmente as taxas de juros nos �ltimos 12 meses. Em abril, a taxa m�dia do rotativo foi de 448,6% ao ano, um aumento de 101,2 pontos percentuais frente ao mesmo per�odo do ano anterior.

CAUTELA OBRIGAT�RIA
O economista-s�nior da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), F�bio Bentes, recomenda muito cuidados com o uso do cart�o de cr�dito, principalmente nos casos de fam�lias em que o uso do rotativo � cada vez mais frequente. “Uma pessoa que vai utilizar cart�o de cr�dito como “puxadinho” da renda n�o pode exceder a capacidade de pagamento”, ponderou ele, ressaltando que o momento atual da economia n�o permite extravag�ncias. “� preciso equil�brio. Por isso, uma meta de comprometimento da renda � fundamental”, acrescentou.


Por isso, � importante que os consumidores tenham consci�ncia do limite dispon�vel no or�amento. Para Bentes, o risco aos bancos ainda � alto. Ele avalia que mais postos de trabalho ainda ser�o fechados at� o fim do ano, movimento que colabora para a manuten��o das taxas de juros altas. “O ideal � que a pessoa n�o perca o controle em rela��o aos gastos, evitando o consumo muito al�m da capacidade de pagamento para n�o entrar no rotativo”, sustentou.


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