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Estado de Minas

Queda da confian�a afetou crescimento e gerou alta do desemprego, diz Meirelles


postado em 30/05/2016 10:37

S�o Paulo, 30 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, 30, que a queda da confian�a na economia brasileira afetou o crescimento e o investimento e causou o aumento do desemprego. Segundo ele, o diagn�stico dos problemas brasileiros � claro, assim como a solu��o, cujo primeiro passo deve ser estabelecer uma trajet�ria sustent�vel para a evolu��o da d�vida p�blica. A declara��o foi dada durante encontro promovido pela C�mara de Com�rcio Fran�a-Brasil na capital paulista.

"Hoje o diagn�stico � consensual, de que tivemos uma agudiza��o da trajet�ria de longo prazo de crescimento das despesas p�blicas", comentou.

Segundo ele, em um primeiro momento esse aumento de despesas foi financiado por uma eleva��o da carga tribut�ria e depois a arrecada��o subiu em fun��o do crescimento econ�mico trazido pela estabiliza��o macro. Mas, posteriormente, houve um esgotamento desse ciclo. "Houve um aumento muito forte do crescimento das despesas nos �ltimos anos, com a queda da confian�a na sustentabilidade da d�vida p�blica a longo prazo, adicionado do aumento da infla��o, resultado da expans�o fiscal e de quest�es monet�rias", explicou.

Segundo o ministro, o atual patamar da d�vida p�blica brasileira ainda n�o � sensivelmente elevado para os padr�es internacionais, apesar de estar acima da m�dia dos pa�ses emergentes.

D�ficit prim�rio realista

Meirelles afirmou tamb�m que a estimativa de um d�ficit prim�rio de R$ 170,5 bilh�es este ano � realista, calculada com muito rigor e precis�o. Mesmo assim, ela est� sujeita a incertezas, como por exemplo quanto ser� arrecadado com o projeto de repatria��o de recursos no exterior e tamb�m os impactos da renegocia��o da d�vida dos Estados.

Ele lembrou que, inicialmente, a lei or�ament�ria de 2016 previa um super�vit de R$ 24 bilh�es, que depois foi revisto para d�ficit de quase R$ 96 bilh�es pela equipe da hoje presidente afastada Dilma Rousseff e para o rombo de R$ 170,5 bilh�es agora pelo time de Michel Temer.

Os principais motivos para as revis�es foram a forte queda na proje��o para o desempenho do PIB este ano, al�m da inclus�o de despesas executadas e n�o pagas, gastos com obriga��es com organismos internacionais e frustra��es de hip�teses de redu��o de despesas. "Algumas coisas eram irrealistas. N�o adianta deixar de pagar, atraso de caixa n�o resolve estruturalmente o problema", comentou.

No �mbito da receita, o governo prev� um crescimento nominal de R$ 50 bilh�es este ano, o que significa 4,8% de aumento ante 2015, mas queda de 2% em termos reais. O governo Temer mudou proje��es para as receitas com privatiza��es (de R$ 31 bilh�es para R$ 3 bilh�es), e para as receitas administradas em geral (de R$ 900 bilh�es para R$ 805 bilh�es). Neste �ltima caso, est� inclu�da a� a quest�o da CPMF, cuja expectativa para este ano foi zerada, de R$ 12,7 bilh�es esperados pelo governo Dilma. Em termos de dividendos e participa��es, a revis�o foi de R$ 16,2 bilh�es para R$ 5 bilh�es.

"N�o estamos discutindo aumento de impostos no momento, mas se necess�rio n�o ser� descartado de maneira nenhuma no futuro", assegurou Meirelles.

No lado das despesas, o governo Temer prev� aumento nominal de R$ 84 bilh�es este ano (7,3% sobre 2015), com estabilidade em termos reais. "De 1997 a 2015 o gasto prim�rio do governo foi de 14% para 19% do PIB, uma trajet�ria claramente insustent�vel a longo prazo, com um crescimento anual m�dio de 5,8%", explicou o ministro.


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