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Estado de Minas

Serra pretende se aproximar de EUA e Canad� para pressionar Europa


postado em 30/05/2016 12:19

Paris, 30 - O ministro das Rela��es Exteriores, Jos� Serra, disse nesta segunda-feira, 30, em Paris, que o governo brasileiro pretende aproximar-se dos Estados Unidos e do Canad� como forma de pressionar a Uni�o Europeia a avan�ar em um acordo de livre com�rcio com o Mercosul. A declara��o foi feita �s v�speras de seu primeiro encontro com a comiss�ria europeia de Com�rcio Exterior, Cecilia Malmstr�m, na quarta-feira, dia 1�, quando os dois discutir�o o estado atual das negocia��es, que se arrastam h� 20 anos.

Serra est� em Paris desde o s�bado � noite, segundo ele preparando-se para participar da reuni�o ministerial da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), na quarta e quinta-feira. Antes disso, na Ter�a-feira (31), �s 18h, o chanceler brasileiro estar� entre os convidados da recep��o oferecida pelo presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, em homenagem � Semana da Am�rica Latina, que est� em curso na capital francesa.

Uma de suas prioridades em Paris, de acordo com o ministro, � fazer avan�ar as negocia��es para o acordo de livre com�rcio entre Mercosul e Uni�o Europeia. O debate foi iniciado em 1995, com a assinatura de um acordo-quadro entre os dois blocos, ganhou f�lego em 2000, com a abertura de negocia��es, mas acabou bloqueado em 2004 por desacordos entre as partes. Em 2010, o assunto ressurgiu, mas a troca de propostas entre os dois blocos s� aconteceu em 11 de maio passado, ap�s v�rios adiamentos.

Serra ressaltou que espera que Bruxelas complete sua proposta de acordo, que considera insuficiente. "A Uni�o Europeia ainda est� pendente de entregar partes de suas conclus�es. Em geral no Brasil e na Am�rica Latina tem gente que diz que o acordo Uni�o Europeia-Mercosul n�o sai por causa do Mercosul. Isso podia ser verdadeiro no governo anterior da gente, mas n�o � mais", afirmou. "A bola agora est� nos p�s da Uni�o Europeia, e principalmente na quest�o agr�cola."

O ministro lembrou que o bloco europeu distribui todos os anos o equivalente a 100 bilh�es de euros a seus agricultores na forma de subs�dios. Esse ser� um dos temas do encontro com Cecilia Malmstr�m �s margens da reuni�o ministerial da OCDE. "Vamos, se Deus quiser, fazer um bom avan�o", disse ele, descartando mais uma vez fazer "concess�es unilaterais". "Eles n�o fazem, porque a gente vai fazer?", questionou.

Serra mencionou ent�o a perspectiva de mais aproxima��o com Canad� e Estados Unidos como forma de press�o sobre a UE. "Vamos insistir nas possibilidades de expans�o do com�rcio com os Estados Unidos e Canad�, at� como fator para estimular mais a Uni�o Europeia a se apressar. Do contr�rio, muita coisa poder� ser feita com Estados Unidos e Canad�", argumentou. "Um bom player no com�rcio unilateral tem de sempre diversificar. Eu n�o posso ficar dependente de uma ou duas regi�es do jeito como o mundo � hoje."

Argentina

Sobre as reservas demonstradas pela ministra das Rela��es Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, que na sexta-feira, 27, se disse prudente quanto � suposta proposta brasileira de "flexibilizar" o Mercosul, abrindo a possibilidade para que membros do bloco possam negociar acordos de livre com�rcio fora do organismo, Serra disse que n�o ouviu nada sobre o assunto. "N�o ouvi nada a esse respeito.

N�o � verdade. A n�s n�o chegou", alegou.

Diante da argumenta��o de que as restri��es da Argentina haviam sido abordadas pela imprensa no Brasil, o ministro respondeu: "Eu insisto que a n�s n�o chegou isso. Vou me encontrar com a ministra argentina. � a primeira vez que ou�o isso".

Conjuntura

Na reuni�o ministerial da OCDE, Serra pretende apresentar um conjunto de perspectivas sobre a economia brasileira nos pr�ximos 12 meses. E, segundo o chanceler, os dados desse relat�rio, "conjuntural", s�o positivos.

"Vou fazer um balan�o da economia brasileira, super conjuntural, com coisas que eu mesmo fiz, ou pegando os jornais do fim de semana, a respeito das perspectivas para os pr�ximos 12 meses para a economia brasileira - que s�o boas, relativamente", disse o chanceler.


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