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Estado de Minas

� preciso fazer 'reciclagem' nas participa��es do BNDESPar, diz Maria Silvia


postado em 01/06/2016 19:25

Rio, 01 - A nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, afirmou nesta quarta-feira, 1, que � preciso fazer uma "reciclagem" nas participa��es acion�rias do BNDESPar. Apesar disso, ela n�o firmou prazos para que haja uma revis�o na carteira.

"Por defini��o, o BNDESPar n�o deveria ter participa��es permanentes (em empresas). Entendo que dever�amos fazer uma reciclagem dessas participa��es", afirmou Maria Silvia em entrevista coletiva na tarde de hoje, na sede do banco, no Rio. "Por outro lado, tem o momento do Pa�s", ponderou.

Segundo Maria Silvia, � preciso avaliar o momento certo para modificar a carteira do BNDESPar e quais ativos ser�o priorizados. "Temos que analisar carteira", disse. Ela destacou ainda que o BNDESPar � um bra�o importante para o fomento do mercado de capitais no Brasil.

Petrobras

A necessidade de capitalizar a Petrobras � discuss�o de governo e, embora a estatal esteja profundamente ligada ao BNDES, a nova presidente da institui��o de fomento afirmou nesta quarta-feira que n�o foi chamada a tratar do assunto.

Perguntada se o BNDES poderia ajudar com alguma solu��o "n�o ortodoxa" para a situa��o financeira da Petrobras, Maria Silva respondeu: "Solu��o n�o ortodoxa n�o vai ter n�o", disse.

Maria Silvia lembrou que foi membro do conselho de administra��o da Petrobras, no governo Fernando Henrique Cardoso, ao lado do novo presidente da estatal, Pedro Parente. "(BNDES e Petrobras) Est�o intrinsecamente ligados, mas discuss�o se precisa ou n�o capitalizar a Petrobras � discuss�o de governo, que n�o foi colocada comigo", disse.

A exposi��o do BNDES � Petrobras passa de R$ 50 bilh�es, segundo cruzamento de dados feito pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, em 2015 e fontes com conhecimento do assunto. O valor � o dobro do que seria permitido pelos limites prudenciais do Banco Central, e o BNDES s� n�o est� desenquadrado porque resolu��es do Conselho Monet�rio Nacional (CMN) abrem exce��es nas regras.

Ambiente regulat�rio

A nova presidente do BNDES afirmou que o Pa�s deve estar aberto ao capital estrangeiro, que j� foi importante na �poca das privatiza��es.

Na vis�o dela, o ciclo de privatiza��o de grandes empresas estatais industriais est� esgotado, mas ainda h� concess�es a serem feitas. Para a economista, o ambiente regulat�rio � muito importante. "Precisamos ter isso bem definido, com ag�ncias fortes."

Maria Silvia afirmou ainda que, certamente, o apoio do BNDES a investimentos n�o ser� com recursos p�blicos. Ela ressaltou que o BNDES certamente ter� papel importante nas concess�es. A forma como a institui��o deve atuar e em que condi��es ainda n�o est�o definidas, ponderou a executiva. Ela ressaltou que n�o h� uma medida �nica para alavancar os investimentos no Pa�s. Segundo ela, � um processo de retomada de confian�a. "Temos que dar os passos necess�rios, mas a resposta n�o sei ao certo quando vai acontecer. S�o muitas vari�veis, n�o s� econ�micas, mas pol�ticas tamb�m", disse.

A executiva vem destacando em seus discursos o in�cio de uma "nova fase" no banco, mas apontou na coletiva de hoje que os grandes grupos n�o deixar�o de ser financiados. "Mas, em situa��o normal, eles t�m acesso ao mercado privado", observou.

TJLP

A nova presidente do BNDES afirmou tamb�m que a equipe econ�mica do governo do presidente em exerc�cio Michel Temer vai se debru�ar sobre a taxa de juros de longo prazo (TJLP, hoje em 7,5% ao ano). "� uma discuss�o de governo", afirmou Maria Silvia.

A TJLP remunera a maioria dos empr�stimos do BNDES - e tamb�m os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) aplicados no banco e os aportes do Tesouro Nacional. Como a TJLP � inferior � Selic (taxa b�sica, hoje em 14,25% ao ano), � um juro considerado subsidiado. Por causa do uso da TJLP, os aportes dos recursos do Tesouro no BNDES provocam um custo oculto nessas opera��es.

"N�o sei se vai mudar. Mas que certamente vamos rediscutir, vamos", disse Maria Silvia.


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