S�o Paulo, 02 - O Indicador de Confian�a da Micro e Pequena Empresa (ICMPE), calculado pelo Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil) e pela Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), oscilou de 37,92 pontos em abril para 42,19 pontos no m�s passado. Em maio de 2015, o indicador estava em 36,65 pontos.
A despeito da alta em ambas as compara��es, o indicador continua em patamar abaixo. O n�mero de maio � o terceiro mais fraco do ano, � frente dos dados de abril e de janeiro (42,03 pontos). "(O aumento) ainda n�o pode ser considerado como uma tend�ncia de melhora na confian�a dos empres�rios ou um reflexo direto das mudan�as pol�ticas no Brasil, j� que em abril o indicador caiu 12% na varia��o mensal e atingiu o menor patamar em sete meses, com 37,92 pontos", pontuaram a SPC Brasil e a CNDL, em nota.
O dado de maio, ainda de acordo com as entidades, equivale � m�dia do �ndice registrada no primeiro trimestre, e permanece abaixo dos 50 pontos. De acordo com os crit�rios do levantamento, n�meros abaixo de 50 pontos sinalizam que os empres�rios entrevistados continuam pessimistas com as condi��es econ�micas do Pa�s e de seus neg�cios.
O ICMPE � apurado mensalmente, a partir de consultas realizadas nos 10 primeiros dias �teis de cada m�s, e engloba micro e pequenos empres�rios residentes nas 27 capitais e no interior.
Crise
O levantamento aponta que, para 78,1% dos empres�rios consultados, a piora no ambiente de neg�cio ocorreu em fun��o da crise econ�mica. Para 86% dos empres�rios, a economia piorou nos �ltimos seis meses.
O Indicador de Condi��es Gerais, que avalia a percep��o do micro e pequeno empresariado sobre o desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos �ltimos seis meses, caiu de 24,02 pontos em abril para 23,61 pontos em maio. "Desde o in�cio da s�rie hist�rica, os micro e pequenos empres�rios demonstram mais pessimismo com a economia do que com os neg�cios, e o mesmo ocorreu em maio", afirma em nota a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
A maior parte dos consultados, o equivalente a 61,3% dos micro e pequenos empres�rios ouvidos, n�o prev� crescimento de receita para seus neg�cios. Outros 32,3% dizem acreditar no crescimento das receitas.
"Entre esses empres�rios, a maioria relativa diz n�o saber os motivos (para esperar crescimento), justificando com seu pr�prio otimismo. Outros 30,1% dizem que est�o buscando novas estrat�gias de vendas e 14,7% justificam-se dizendo que est�o diversificando seu portf�lio e por isso esperam aumento do faturamento", explicam as entidades.
J� o Indicador de Expectativas, que identifica a percep��o dos empres�rios em rela��o aos pr�ximos seis meses para a economia e para os seus neg�cios, subiu de 48,36 pontos em abril para 56,12 pontos em maio. Acima, portanto, do patamar de estabilidade de 50 pontos.
"Em termos porcentuais, com rela��o ao desempenho da economia, 37,3% dos micro e pequenos empres�rios manifestaram confian�a com os pr�ximos seis meses e 33,8% manifestam pessimismo. Tratando-se dos neg�cios, o porcentual de otimistas passa para 51,8% e o de pessimistas passa para 14,5%", informam a SPC Brasil e a CNDL.