S�o Paulo, 03 - Em reuni�o com representantes do setor de infraestrutura, em S�o Paulo, o secret�rio executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presid�ncia da Rep�blica, Moreira Franco, evitou dar um prazo para o an�ncio mais formal do programa, muito embora seu staff tenha sinalizado com 10 dias, e indicou que n�o haver� uma lista de projetos a serem leiloados, mas indicou que as licita��es ser�o feitas "do mais f�cil para o mais dif�cil".
"N�o vamos trabalhar com fantasia, n�o temos programa publicit�rio, temos uma for�a-tarefa que tem uma estrat�gia e essa estrat�gia � procurar destravar dos mais f�ceis para os mais dif�ceis", disse. Questionado sobre quais seriam os projetos mais f�ceis, ele disse apenas que "alguns at� j� est�o a�", possivelmente numa refer�ncia aos terminais portu�rios do Par�, cujo leil�o de pelo menos um lote est� previsto para a pr�xima semana, e dos aeroportos de Florian�polis, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador, que est�o com os editais sob discuss�o.
"Estamos fazendo um levantamento minucioso nas ag�ncias para que possamos ver quais s�o aqueles programas que podem ser encaminhados com mais celeridade." Perguntado se haveria espa�o para um leil�o "de peso" neste ano, ele lembrou que est� no governo h� apenas dez dias. "Vamos trabalhar para isso. Poderia dizer que n�o sou a m�e Dinah, mas o esfor�o que vamos fazer � para que possamos resolver esse problema e a estrat�gia � do mais f�cil para o mais dif�cil", reiterou.
Moreira Franco disse ainda que n�o deve haver uma lista de projetos com um cronograma de licita��es, como fez duas vezes o governo anterior de Dilma Rousseff. "Vai ficando pronto e vamos apresentado", disse.
Ambiente de neg�cios
Moreira Franco salientou que o esfor�o e a dedica��o de sua equipe � para com a recupera��o do ambiente de neg�cios no Pa�s. "H� toda uma vontade, todo um esfor�o, toda uma dedica��o para que o ambiente de neg�cios, o ambiente regulat�rio e o ambiente da constru��o e estrutura��o dos projetos se deem de tal maneira que possamos restabelecer a confian�a no Pa�s", disse a jornalistas, ap�s a reuni�o com representantes do setor de infraestrutura, em S�o Paulo.
Para ele, o ambiente brasileiro de neg�cios em infraestrutura est� paralisado n�o s� por causa das apura��es da opera��o Lava Jato, mas tamb�m por causa da "quebra do Estado". "A Uni�o est� quebrada, os Estados est�o quebrados, os munic�pios est�o quebrados, temos um buraco de R$ 170,5 bilh�es, o que n�o � pouco dinheiro, ou seja, estamos vivendo a maior crise econ�mica da nossa hist�ria", afirmou.
"Temos de tocar a vida, gerar os empregos e queremos parcerias", disse, sinalizando que espera a participa��o tanto de empresas nacionais como de estrangeiros em futuras concess�es. "O Brasil tem uma boa legisla��o, podemos restabelecer a credibilidade que j� tivemos no mercado internacional", disse, lembrando que o momento � favor�vel para a atra��o de capital internacional.
Ele salientou que o esfor�o do governo neste momento � no sentido de ter um ambiente regulat�rio transparente, com regras e contratos claros, e seguran�a jur�dica, "para que todos possam entender, independente da l�ngua que falem, e possam ter confian�a de que as regras est�o postas, discutidas e foram amplamente debatidas e que as mudan�as destas regras n�o poder�o mais se dar de acordo com a vontade de quem esteja no governo", disse.