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Estado de Minas

Brasil pode voltar a crescer, diz presidente do BC, Ilan Goldfajn


postado em 08/06/2016 06:00 / atualizado em 08/06/2016 07:48

Bras�lia – Aprovado para a presid�ncia do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou ontem que a volta do crescimento da economia j� no fim de 2016 ou em 2017 � fact�vel, mas tem que vir com medidas concretas, com aprova��o de reformas no Congresso. Durante sabatina na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, ele reafirmou que o ambiente global � desafiador. “Temos a China de um lado, desacelerando, os Estados Unidos com perspectiva de subir juros, a Europa rec�m-sa�da de uma recess�o e com crescimento baixo, o Jap�o com dificuldade de d�cadas de crescer”, disse, ponderando que esse cen�rio tem “algumas luzes no fim do t�nel”.

Segundo ele, nos Estados Unidos, o Federal Reserve s� pensa em subir juros porque pode ter crescimento, a China est� desacelerando, mas o receio de parada brusca n�o ocorreu. “E n�o me parece que vai ocorrer”, disse. O economista tamb�m avaliou que a taxa de poupan�a no Brasil � baixa. “Mecanismos para facilitar a poupan�a s�o muito importantes, como � importante recuperar a vontade de investir. N�o basta aumentar poupan�a, tem que reduzir incertezas”, avaliou.

Questionado sobre o elevado spread banc�rio no pa�s, Ilan disse que havia um projeto de redu��o de spread quando foi diretor do BC, que considera importante. “� relevante para a redu��o do custo seguir esse projeto que come�ou h� muito tempo”, afirmou. O indicado � presid�ncia do BC disse ainda que o excesso de cr�dito direcionado reduz efetividade da pol�tica monet�ria. “N�o significa que n�o deveria existir. Tem que ter um equil�brio”, disse.

Ilan Goldfajn afirmou que � preciso atacar “as ra�zes da causa” para combater o elevado custo de cr�dito no Brasil. Do contr�rio, o pa�s corre o risco de adotar medidas que melhorem o cen�rio de curto prazo, mas que mantenham o problema no futuro. “Acho que todos n�s temos que trabalhar para reduzir o custo do cr�dito no Brasil. A d�vida � sempre qual � a melhor maneira de fazer. Temos que trabalhar nas ra�zes da causa, dos problemas, para que n�o entremos em atalhos e mecanismos de curto prazo”, disse. Ele destacou ainda que, para isso, � preciso levar em conta qual � o ambiente e quais s�o as leis que regem o Sistema Financeiro Nacional.

Ilan lembrou, por�m, que o momento atual � de redu��o tanto na oferta de cr�dito quanto na demanda. “H� tanta incerteza macroecon�mica que oferta e demanda s�o prejudicados. As duas est�o caindo”, comentou. O economista defendeu que parte da rentabilidade dos bancos serve para capitalizar as institui��es e, consequentemente, elevar o potencial de concess�o de cr�dito no mercado. “N�o vou entrar em quest�es de tamanho (da rentabilidade), mas uma parte vai para capitaliza��o, que permite o aumento do cr�dito. Ent�o isso � um outro lado”, afirmou. “De qualquer forma, acho que � relevante ter mecanismos para aumentar concorr�ncia”, acrescentou o economista.

Contas p�blicas


Ilan Goldfajn afirmou que “colocar as contas p�blicas em ordem” � necess�rio para reconduzir a economia a uma trajet�ria de crescimento. Nesse sentido, estabelecer um teto para as despesas do governo � fundamental, defendeu. “Sobre as reformas que s�o necess�rias, h� bastante consenso. Precisamos colocar contas p�blicas em ordem”, disse Ilan. “H� uma medida anunciada, sobre quest�o do teto da despesa. E fundamental, porque precisamos dar ordem � din�mica da d�vida. Quem precisa investir n�o v� din�mica de divida favor�vel. Portanto, uma reforma necess�ria � exatamente essa, colocar um limite para as despesas”, acrescentou.


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