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Estado de Minas

Meirelles encara seu 1� grande desafio


postado em 12/06/2016 09:25

Bras�lia, 12 - Em seu primeiro m�s � frente da condu��o da pol�tica econ�mica - na pior crise do Pa�s em d�cadas -, se h� algo que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conseguiu explorar muito bem foi o seu capital pol�tico.

Mesmo sem ainda encaminhar um projeto sequer para resolver a situa��o falimentar das finan�as do governo, Meirelles conseguiu nesses 30 dias praticamente tourear no "gog�" a ansiedade por medidas urgentes cobradas j� nas primeiras horas da manh� seguinte � sua posse.

E, ao mesmo tempo, emplacou, sem arranhar a sua imagem, uma meta fiscal com um d�ficit de R$ 170,5 bilh�es, que abriu espa�o para despesas maiores em 2016, na contram�o do discurso fiscalista prometido.

Os investidores confiaram desconfiando. Em compasso de espera, n�o colocaram ainda dinheiro no Brasil. A Bolsa de Valores n�o se movimentou e o d�lar mudou mais por causa do efeito da atua��o do banco central dos Estados Unidos.

Agora, o jogo para Meirelles come�a de fato. Com o envio nesta semana ao Congresso Nacional do texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que cria um teto para limitar o crescimento das despesas � infla��o do ano anterior, o ministro e sua equipe - apontada pelo mercado como o "time dos sonhos" - colocam as suas fichas na mesa.

A aposta � alta.

Se conseguir apoio da base aliada e enfrentar as resist�ncias para mudar as amarras do Or�amento, a aprova��o da PEC ser� vista como um "game changer" (mudan�a de jogo) nas contas p�blicas do Brasil, na avalia��o de um executivo de um banco estrangeiro, atraindo a aten��o de investidores externos, provavelmente com repercuss�o na avalia��o das ag�ncias de classifica��o de risco.

Caso o presidente em exerc�cio Michel Temer consiga aprovar a PEC, na sequ�ncia, os d�lares devem voltar para o Pa�s, com reflexo direto na cota��o da moeda americana. Essa � a expectativa da equipe econ�mica e tamb�m de analistas do mercado financeiro.

Meirelles j� avisou que n�o vai tomar a frente das negocia��es pol�ticas do Congresso para aprova��o da PEC, como fez o ex-ministro Joaquim Levy, de forma isolada e err�tica. "Essa n�o � a fun��o do Minist�rio da Fazenda", diz ele a interlocutores. O seu estilo de decis�o � definido por auxiliares como o de um negociador que re�ne primeiro as "diverg�ncias" para depois buscar a converg�ncia, com foco em resultados em sequ�ncia.

N�o h� tampouco a correria imposta por seu antecessor no cargo, Nelson Barbosa, que teve pouco tempo para mostrar suas propostas num governo encurralado pelo processo de impeachment. "A velocidade do ministro � outra", resume um dos seus auxiliares mais pr�ximos, que v� na descentraliza��o uma marca da sua atua��o.

O assessor conta que, em meio � press�o por medidas nos primeiros 30 dias de governo, sua resposta foi sempre a mesma: "E ficar ansioso resolve?" O sangue-frio nos primeiros dias ajudou.

Na �rea t�cnica da Fazenda, que teve de lidar com tr�s ministros em menos de um ano, Meirelles ainda est� sendo testado. N�o houve grandes surpresas, no entanto, quando o ministro n�o titubeou em substituir, menos de um m�s depois de assumir o cargo, o seu secret�rio executivo Tarc�sio Godoy por diferen�as de temperamento. � o "jeit�o" Meirelles, afirmam. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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