
Os comerciantes dos shoppings populares da regi�o central de Belo Horizonte v�o fechar as portas nesta quinta-feira em protesto contra os altos custos de manuten��o das lojas e tamb�m por causa da falta de seguran�a. Segundo Gilson Lima de Souza, comerciante h� 10 anos em um dos cinco shoppings populares da capital mineira e um dos dirigentes da Associa��o dos Camel�s Populares de Belo Horizonte, os lojistas tamb�m far�o uma manifesta��o pelas ruas da cidade. A passeata vai come�ar na Avenida Oiapoque e de l� seguir� pela Rua S�o Paulo at� a Avenida Afonso Pena, em frente � sede da prefeitura.
O aluguel do menor boxe nos shoppings, segundo Gilson de Souza, fica entre R$ 800 e R$ 1.200, e alguns ainda ainda cobram condom�nio que chega a custar R$ 585. Outra reclama��o � com o tratamento dado pelos shoppings aos lojistas. De acordo com ele, quem n�o paga o aluguel em dia tem a loja lacrada com tudo dentro e s� tem direito a reabrir depois de quitado o d�bito.
A mesma reclama��o foi feita por Edwerd Jorge, que tem um box de assist�ncia t�cnica para telefones celulares em um dos shoppings. Integrante da Uni�o dos Lojistas dos Shoppings Populares, ele conta que, junto com a eleva��o dos custos, veio tamb�m uma queda nas vendas e o aumento do d�lar. “A gente trabalha para pagar as despesas”. Ele tamb�m reclama do fechamento for�ado das lojas dos devedores de aluguel e do valor cobrado pelos espa�os.
Conversas
Segundo Edwerd Jorge, os propriet�rios dos im�veis ainda discutem a possibilidade de tornar obrigat�rio o funcionamento das lojas at� as 20h. “Eu n�o tenho cliente para isso”, afirma o lojista, que discute na Justi�a o fechamento de seu box, com tudo dentro, por causa do atraso no aluguel. Os lojistas populares, segundo ele, querem que a prefeitura assuma a condu��o das conversas e que a C�mara Municipal regulamente o funcionamento dos shoppings para garantir direitos para os lojistas.
Nessa quarta-feira (29), depois de uma a��o da Pol�cia Militar, do Minist�rio P�blico e da Secretaria da Fazenda contra falsifica��o de roupas e sapatos esportivos, os comerciantes fecharam a rua em protesto contra a a��o. O objetivo da a��o foi identificar e apreender produtos, especialmente t�nis, com ind�cios de falsifica��o. Alguns shoppings fecharam as portas temendo conflitos. A reportagem n�o conseguiu contato com a dire��o dos shoppings. Mas, de acordo com um lojista que pediu para n�o ser identificado, as dire��es dos estabelecimentos soltariam um comunicado interno nessa quarta-feira (29) dizendo que iriam abrir normalmente e com seguran�a refor�ada.
