S�o Paulo, 11 - Com a retra��o do cr�dito e as altas taxas de juros nos grandes bancos de varejo, quem busca condi��es mais baratas para tomar dinheiro emprestado pode recorrer a alternativas que v�o de cons�rcios e cooperativas de cr�dito at� a op��es mais tecnol�gicas, como as fintechs, que unem tecnologia a servi�os financeiros.
Antes de procurar as op��es, o consumidor precisa avaliar se tomar cr�dito �, de fato, necess�rio. "Muitas pessoas gastam mais do que ganham e acabam tomando cr�dito", diz o planejador financeiro Valter Police.
No aplicativo de controle financeiro GuiaBolso, que tem cerca de 2,5 milh�es de usu�rios no Brasil, 46% das pessoas que tomaram empr�stimos entre o fim do ano passado e o in�cio deste ano usaram o dinheiro para refinanciar d�vidas.
Por terem custos menores na opera��o, as fintechs podem oferecer taxas de at� 2% ao m�s. Al�m do custo, a promessa � que o processo de contrata��o, feito pela internet, seja mais r�pido e, a depender do caso do usu�rio, uma resposta pode vir em menos de 30 minutos.
Presidente do BankFacil, Sergio Furio explica que a an�lise de cr�dito feita pela fintech agiliza o trabalho de seus parceiros. "Vimos que esse era um gargalo do sistema financeiro", diz. A startup se aliou a bancos e fundos de investimento para oferecer empr�stimos em que um im�vel ou ve�culo � dado como garantia.
Nem todas as fintechs de cr�dito atuam da mesma forma. A Bom Pra Cr�dito, por exemplo, conecta o usu�rio a v�rios bancos, de maneira a buscar as melhores condi��es para o cliente, segundo an�lises feitas por cada institui��o parceira. "A plataforma d� a conveni�ncia do 'n�o'", diz Ricardo Kalichsztein, fundador e presidente da startup. Ele explica que isso elimina o receio do usu�rio em ter a solicita��o reprovada, justamente por oferecer mais de uma op��o de empr�stimo.
J� a plataforma Geru oferece empr�stimos pessoais sem garantia. O usu�rio pode ter o perfil avaliado em menos de 30 minutos e recebe uma �nica proposta, podendo dispor do dinheiro em sua conta j� no dia seguinte. "Com a facilidade da opera��o online, o cliente tem muito mais poder", diz o fundador da empresa, Sandro Reiss.
Para Jos� Prado Reis, do FintechLab, plataforma que conecta investidores e startups, essas empresas simplificaram o empr�stimo e, por isso, t�m mais potencial para atrair o p�blico: "As perguntas t�m uma abordagem diferente da usada no empr�stimo tradicional e s�o, por exemplo, 'de quanto?' e 'para que voc� precisa?'", diz.
Alternativa
Op��es mais antigas, cons�rcios e cooperativas de cr�dito existem h� cerca de 30 anos no Pa�s e tamb�m oferecem recursos a custos menores.
As cooperativas do Sistema de Cooperativas de Cr�dito do Brasil (Sicoob), o maior do Pa�s, operam com uma taxa m�dia de 2,17% ao m�s no cr�dito pessoal. Para contratar, o cliente precisa ter conta em uma das cooperativas do sistema, mas pode, em contrapartida, ter participa��o em seus resultados financeiros. "Trabalhamos com o melhor juro para quem aplica e o menor para quem toma emprestado", diz Henrique Villares, presidente do Sicoob.
J� os cons�rcios trabalham com grupos de consumidores que querem adquirir determinado bem ou servi�o e, para isso, depositam mensalmente quantias em um fundo comum.
Uma vez por m�s, quem for sorteado ou destinar o maior valor para esse fundo pode usar seus recursos para comprar o que deseja � vista: "Quem opta pelo cons�rcio n�o pode ter urg�ncia em fazer a aquisi��o, mas saber que est� se planejando para uma compra no futuro", diz Paulo Roberto Rossi, presidente da Associa��o Brasileira de Administradoras de Cons�rcios (Abac).
Por ter � sua disposi��o um leque de op��es para tomar empr�stimos, o consumidor deve pesquisar a alternativa que melhor cabe em seu bolso, de maneira a n�o se endividar mais.
Outro cuidado � conhecer a institui��o com a qual pretende fazer neg�cio. O advogado Marcelo Godke Veiga, do escrit�rio Godke, Silva & Rocha, afirma que fintechs e cooperativas obedecem �s mesmas regras dos bancos. Ele afirma que � preciso aten��o na hora de assinar o contrato com prazos e taxas. "O cliente pode at� solicitar uma visita ao escrit�rio da empresa, caso ache necess�rio." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.