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Estado de Minas

Consumidor abre m�o do 'cheiro de carro novo'


postado em 18/07/2016 08:19

S�o Paulo, 18 - Nos �ltimos 14 anos, Fernanda Moraes, s�cia de uma ag�ncia de eventos em S�o Caetano do Sul, no ABC paulista, teve cinco carros adquiridos novinhos. Neste m�s, ela preferiu comprar um Hyundai Tucson 2012 e economizou R$ 21 mil em rela��o ao pre�o da vers�o zero.

"Usei o dinheiro que tinha dispon�vel no momento", diz. "E uma das vantagens � que o carro ainda est� na garantia at� 2017". Fernanda pretende trocar novamente de carro no pr�ximo ano, por outro seminovo.

"Por inseguran�a, o consumidor est� abdicando do 'cheiro do carro novo' e procura um seminovo, a pre�os 20% a 25% mais baixos", diz Henning Dornbusch, presidente da Eurobike, especializada em ve�culos de luxo. At� h� pouco tempo, 15% da receita do grupo vinham da venda de seminovos, participa��o que este ano subiu para 22%.

A revenda Amazon, da marca Volkswagen, paga pelo seminovo utilizado na troca por outro carro em m�dia 10% a mais em rela��o ao que pagaria em �pocas de mercado mais aquecido. "A bola da vez s�o modelos 1.0 mais completos, que ficam pouco tempo na loja", informa Marcos Leite, gerente da Amazon.

Antes da crise se aprofundar, a concession�ria vendia, em m�dia, 100 carros novos e 50 usados por m�s. Hoje, s�o 70 novos e 60 usados e a tend�ncia � essa propor��o aumentar mais. "Muitos clientes est�o adiando a compra do ve�culo dos sonhos e pegam o usado", diz Leite.

Na Sorana Toyota, na regi�o norte da capital, a venda de usados "est� contrabalan�ando as finan�as", afirma o gerente Carlos Sakamoto. Para captar modelos usados, a loja oferece descontos de R$ 2 mil no Etios novo e tamb�m valoriza o pre�o do carro utilizado na troca.

Online

No mercado online tamb�m h� mais demanda que oferta. A WebMotors, maior site de venda de carros do Pa�s, registrou nos �ltimos 12 meses alta de 74% no volume de seminovos em estoque, enquanto a procura (proposta enviada ao vendedor) aumentou 78%. "Os dois �ndices cresceram bastante, mas o interesse pelo modelo � venda est� maior que a disponibilidade", afirma o presidente da empresa, Rodrigo Borer.

Segundo ele, "em raz�o da queda do poder aquisitivo e da restri��o ao cr�dito, quem compraria um zero migra para o seminovo. E quem tem o seminovo n�o troca pelo zero, gerando a escassez". A WebMotors mant�m m�dia de 330 mil an�ncios e atua no Pa�s h� 21 anos. Neste m�s, mudou o modelo de cobran�a. Antes, cobrava o an�ncio. Agora, cobra tamb�m o repasse ao vendedor da liga��o ou do e-mail de interessados no carro, independente de o contato gerar neg�cio. O valor varia de R$ 10 a R$ 40 por repasse, dependendo do valor do ve�culo.

Novas lojas

De olho no fil�o, o grupo Caoa, um dos maiores revendedores de carros zero-quil�metro no Pa�s, inaugurou cinco lojas exclusivas de ve�culos seminovos no primeiro trimestre e planeja abrir mais 12 at� o fim do ano em v�rios Estados.

"Com a crise econ�mica, precisamos gerar receitas de todos os lados e percebemos que o segmento de seminovos � rent�vel, mas precisava de um novo direcionamento", justifica o diretor executivo de planejamento de vendas da Caoa, Sandro Corrochano.

O grupo tem 127 concession�rias das marcas Hyundai, Ford e Subaru, al�m de uma f�brica em An�polis (GO), que produz ve�culos sob licen�a da Hyundai, exceto o HB20, que � fabricado pela pr�pria montadora coreana em Piracicaba (SP).

Corrochano afirma que, por falta de espa�o nas concession�rias, 80% dos usados que entravam na troca por modelos novos eram repassados para lojistas independentes (sem v�nculo com montadoras) que, evidentemente, os revendiam a pre�os superiores aos que tinham pago.

Rentabilidade

"Com as lojas exclusivas, podemos pagar mais pelo usado na troca, gerando vendas de novos, e depois revend�-lo diretamente ao consumidor obtendo maior rentabilidade", afirma Corrochano. Agora, apenas 30% dos usados ficam com os lojistas.

O diretor n�o revela o investimento nessa expans�o, mas informa que o grupo tem conseguido bons pre�os de loca��o porque prioriza im�veis de concession�rias que fecharam as portas, incluindo da pr�pria rede Caoa.

A expectativa de Corrochano � de um crescimento de pelo menos 20% nas vendas de usados este ano. O grupo j� tinha inaugurado oito lojas exclusivas de seminovos em 2015, ano em que vendeu 24 mil unidades, incluindo os estoques de 25 concession�rias que tinham �rea para novos e usados. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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