Caixa anuncia novas regras e passar� a financiar im�veis de at� R$ 3 milh�es

Bras�lia, 19 - A Caixa Econ�mica Federal vai facilitar o financiamento de im�veis pela classe m�dia alta. Entre as medidas, que passar�o a valer a partir da pr�xima segunda-feira, 25, est� o aumento do valor m�ximo do im�vel a ser financiado pelo banco estatal: vai passar de R$ 1,5 milh�o para R$ 3 milh�es.

Para unidades que valem mais de R$ 750 mil, o banco vai aumentar de 70% para 80% a parcela que pode ser financiada, por meio do Sistema Financeiro Imobili�rio (SFI). No caso dos im�veis usados, a cota que pode ser financiada subir� de 60% para 70%. Tamb�m ser� poss�vel transferir para a Caixa uma parcela maior, de 50% para 70%, de empr�stimos tomados em outros bancos.

A iniciativa de facilitar os financiamentos para a classe alta reflete, entre outras coisas, a corrida da Caixa para n�o perder espa�o no mercado. Hoje, a institui��o responde por duas de cada tr�s opera��es de cr�dito imobili�rio feitas no Pa�s. Mas, no primeiro semestre deste ano, a libera��o de financiamentos ficou abaixo das expectativas, em R$ 40 bilh�es. O Feir�o da Casa Pr�pria do banco tamb�m n�o rendeu o esperado. A meta �, at� dezembro, liberar pelo menos os mesmos R$ 90 bilh�es de todo o ano passado.

Segundo o vice-presidente de Habita��o da Caixa, Nelson Antonio de Souza, o banco decidiu melhorar as condi��es de financiamento para a alta renda depois de j� ter feito modifica��es nas opera��es para im�veis populares. "As medidas v�m beneficiar o setor da constru��o, que mais gera emprego e renda, e contribuir para a retomada do crescimento do Pa�s."

Tamb�m est� em estudo pela Caixa a ado��o de juros menores em empr�stimos com entrada maior e poucas parcelas de amortiza��o. No ano passado, o banco fez uma rodada de tr�s aumentos nos juros do financiamento da casa pr�pria com recurso oriundos da poupan�a. Neste ano, as taxas subiram em mar�o.

Em fevereiro, para suprir a fuga de recursos da poupan�a, o conselho curador do FGTS liberou R$ 16,1 bilh�es adicionais ao banco, que refor�aram a oferta de cr�dito. No m�s seguinte, o banco, o principal financiador de im�veis do Pa�s, adotou um conjunto de a��es para estimular a compra de im�veis populares. O banco voltou a financiar 70% (para clientes trabalhadores do setor privado) e 80% (funcionalismo p�blico) de um im�vel usado, menos de um ano ap�s ter reduzido a parcela a 50%. A institui��o tamb�m voltou com a linha para financiar o segundo im�vel, suspensa desde agosto de 2015.

A Caixa injetou perto de R$ 7 bilh�es na linha pr�-cotista, que permite a trabalhadores com conta ativa no fundo financiarem 85% do valor de im�veis novos e usados de at� R$ 750 mil. O banco tamb�m foi autorizado a captar at� R$ 6,7 bilh�es em Certificados de Receb�veis Imobili�rios (CRI), que podem ser destinados a im�veis que se enquadrem nas condi��es de financiamentos com recursos da poupan�a. Dentro dos R$ 7 bilh�es direcionados para a linha pr�-cotista, a Caixa redirecionar� R$ 1,7 bilh�o para novos contratos para moradias entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. No final de abril, o banco come�ou a restringir financiamentos com esse perfil por falta de recursos.

Setor

Para o vice-presidente executivo da Associa��o Brasileira de Incorporadoras Imobili�rias (Abrainc), Renato Ventura, essas condi��es mais favor�veis trazem uma din�mica nova ao mercado. "Medidas como essas contribuem para que a recupera��o do setor possa ocorrer de forma mais r�pida, mas ainda vemos o cen�rio bastante adverso", afirmou.

Para Jos� Carlos Martins, presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (Cbic), mais cr�dito para o p�blico de alta renda � importante, mas o efeito deve ser limitado no setor. "N�o muda muito, mas d� uma ajudinha", disse. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.