Bras�lia – A Caixa Econ�mica Federal lan�ar� um pacote de cr�dito para as construtoras na segunda-feira, quando as linhas de financiamento estar�o em vigor. O banco pretende liberar, no m�nimo, R$ 10 bilh�es, informou o vice-presidente de Habita��o do banco, Nelson Ant�nio de Souza. O executivo afirmou que os recursos vir�o de um mix de fontes, que inclui o retorno da carteira de habita��o, capta��es da poupan�a, Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) e Letras de Cr�dito Imobili�rio (LCI).
Ao ampliar os financiamentos para as construtoras, a Caixa quer estimular o setor, cujo n�vel de atividade ainda se encontra muito abaixo do usual. A medida est� em linha com o pedido do presidente em exerc�cio, Michel Temer, de destravar o cr�dito como forma de impulsionar a economia. O principal problema do setor, por�m, � a falta de demanda.
Na �ltima segunda-feira, a Caixa divulgou que dobrou o teto de financiamento para R$ 3 milh�es no �mbito do Sistema Financeiro Imobili�rio (SFI) para financiamento da casa pr�pria. As construtoras poder�o pegar esse cr�dito para financiar obras que se enquadram nesse limite, mas tamb�m para moradias mais populares, enquadradas no Sistema Financeiro de Habita��o (SFH), que tem limite de R$ 750 mil para grandes centros urbanos. Com isso, a parcela de financiamento subiu de 70% para 80% para im�veis novos e de 60% para 70% no caso dos usados. Essas mudan�as tamb�m entram em vigor na segunda.
Dentro do pacote para as construtoras, a Caixa vai facilitar o acesso ao cr�dito para as empresas. Ser� poss�vel contratar a opera��o tanto para a constru��o – desde que 20% das unidades estejam vendidas, o que cobriria o custo da obra – quanto para financiar potenciais compradores (neste caso, bastar� que 80% do empreendimento esteja conclu�do).
QUEDA DO PIB O governo atualizou os par�metros usados nas proje��es do comportamento da economia para este ano. No relat�rio divulgado pelo Minist�rio do Planejamento relativo ao terceiro trimestre, a previs�o para a queda do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os do pa�s) caiu de 3,8% no relat�rio de maio para 3,1%. J� a previs�o de infla��o no ano � maior.
O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2016 est�, agora, estimado em 7,2%, ante 7% no documento anterior. Ap�s uma varia��o maior no c�mbio desde que o presidente em exerc�cio, Michel Temer, assumiu o Pal�cio do Planalto, o governo reviu a expectativa de c�mbio m�dio para o ano, que passou de R$ 3,70 para R$ 3,50. As novas previs�es do governo preveem ainda uma queda de R$ 10,774 bilh�es de receitas prim�rias totais e uma redu��o de receita l�quida de R$ 7,866 bilh�es.
Mais confian�a
O �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI) apurado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV) na pr�via da sondagem de julho ficou em 86,9 pontos, o que significa avan�o de 3,5 pontos em rela��o ao resultado final de junho, que foi de 83,4 pontos. Se o resultado se confirmar, o ICI registrar� a quinta alta consecutiva e o maior n�vel desde novembro de 2014, quando estava em 87,5 pontos, informou ontem a institui��o. O avan�o na confian�a da ind�stria registrado na pr�via de julho foi determinado pela melhora tanto nas expectativas quanto na avalia��o da situa��o atual. O �ndice da Situa��o Atual (ISA) avan�ou 3,8 pontos, para 85 pontos, e o �ndice de Expectativas (IE) cresceu 3,1 pontos, para 88,8 pontos, no levantamento preliminar.