Rio de Janeiro, 25 - O secret�rio da Previd�ncia Social do Minist�rio da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que a reforma da previd�ncia passa por um processo de di�logo com a sociedade, que j� estaria sendo conduzido pelo atual governo do presidente interino Michel Temer.
"� uma reforma que tem uma economia pol�tica por tr�s, uma ci�ncia pol�tica, e, em fun��o disso, � importante que antes que se venha apresentar a reforma, ela passe por um processo de di�logo com a sociedade. Isso tem sido feito com representantes da Casa Civil, de trabalhadores, da sociedade como um todo", declarou Caetano, em semin�rio promovido pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), na sede da Federa��o das Ind�strias do Rio de Janeiro (Firjan).
Segundo o secret�rio, enquanto as mudan�as n�o s�o efetivamente conduzidas, � poss�vel trabalhar com medidas que n�o resolvem o problema, mas que permitem alguns avan�os.
"A gente observa problemas de aux�lio-doen�a de longa dura��o, que n�o passam por revis�o judicial. Ent�o algumas mudan�as de efici�ncia de gest�o podem ser implementadas. Claro que n�o vai resolver a quest�o, mas pode obter avan�os. Ent�o estamos enfrentando essa quest�o", afirmou.
O secret�rio citou ainda a previd�ncia complementar para estados e munic�pios que tenham desejo de aderir. "V�rios estados e munic�pios t�m desejo de implementar a previd�ncia complementar, mas enfrentam problemas de escala", defendeu.
Em rela��o � reforma da Previd�ncia, Caetano lembrou que haver� distintas regras para contribuintes em condi��es de se aposentar, contribuintes considerados em faixa de transi��o, e trabalhadores mais jovens. Segundo ele, se a reforma for feita para as gera��es futuras, os impactos mais intensos ser�o sentidos daqui a cerca de 30 a 35 anos.
"Uma reforma voltada para a gera��o futura a gente s� vai ter um impacto um pouco mais sentido l� na d�cada de 2040, um pouco antes", disse ele.