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Estado de Minas

Pol�tica dos bancos centrais � questionada por economistas


postado em 31/07/2016 12:25

Genebra, 31 - Pol�mica entre economistas e o sistema financeiro europeu, a iniciativa de bancos centrais em adotar uma pol�tica monet�ria com taxas negativas ocorreu diante das incertezas em rela��o ao euro e � persistente defla��o.

Desde o colapso da Gr�cia e os riscos para o mercado �nico europeu, pa�ses que ainda mant�m moedas soberanas se viram invadidos por um fluxo recorde, e in�dito, de recursos em busca de seguran�a. Investidores apostaram no franco su��o e nos pa�ses escandinavos. O resultado foi uma valoriza��o excessiva dessas moedas, afetando a competitividade de suas exporta��es e at� afastando turistas das esta��es de esqui em busca de montanhas mais baratas do lado franc�s ou italiano.

Com uma economia fr�gil, esses pa�ses come�aram a dar sinais de que corriam o risco de a economia entrar em processo de defla��o, o que levou os bancos centrais a optar pela taxa de juros negativa.

Quem primeiro lan�ou a ideia foram os dinamarqueses, com uma taxa negativa de 0,65%. No fim de 2014, os su��os aplicaram taxa negativa de 0,75% e a Su�cia, de 0,5%. O Banco Central Europeu (BCE) e mesmo o Banco do Jap�o (BoJ) seguiram o mesmo caminho.

Um dos primeiros impactos foi no financiamento da d�vida soberana desses pa�ses. Comprar um t�tulo do Tesouro dessas economias passou a significar que o investidor, ao final da maturidade do papel, receberia menos do que investiu. Em troca, teria a garantia de que essas economias n�o sucumbiriam nem que a moeda desapareceria. Na pr�tica, o investidor paga aos governos para colocar seus ativos num pa�s seguro e autoridades se financiam gratuitamente.

Estudo do JP Morgan aponta que um quarto das d�vidas soberanas pelo mundo j� est�o praticando taxas negativas.

Quem ainda comemora s�o os governos municipais e regionais, que passaram a ter condi��es ideais para pedir dinheiro emprestado aos bancos e fazer obras ou mesmo financiar o funcionalismo p�blico. Segundo o Credit Suisse, um ano depois da introdu��o das taxas negativas, os governos economizaram 1 bilh�o de francos em juros.

Limitado

Em uma verdadeira cruzada contra essa realidade, os bancos t�m proliferado alertas de que a estrat�gia pode punir a economia su��a no m�dio prazo. Num levantamento publicado pelo Credit Suisse, os resultados teriam mostrado que apenas um ter�o de pequenas e m�dias empresas consultadas indicaram que a taxa negativa teria ajudado.

O UBS chega a alertar que a manuten��o dessa pol�tica de taxas de juros negativas pode aumentar o desemprego, enquanto bancos regionais j� advertem terem come�ado a registrar resultados negativos e culpam a pol�tica monet�ria do banco central do pa�s.

Mas o Banco Nacional su��o j� deixou claro que n�o pretende rever essa pol�tica por enquanto, principalmente depois do referendo, em junho, quando a popula��o do Reino Unido votou pela sa�da do pa�s da Uni�o Europeia e que, uma vez mais, levou investidores a migrar para o franco. "Nas condi��es atuais, um aumento das taxas significaria uma deteriora��o das condi��es monet�rias da Su��a", disse Thomas Jordan, presidente do BC su��o.

Mas, no pa�s que ostenta de forma orgulhosa o t�tulo de campe�o mundial da poupan�a, a l�gica de recompensar endividados e punir quem poupa come�a a incomodar a popula��o. "Punir quem guarda dinheiro e recompensar o consumo contradiz os princ�pios da economia de mercado", alertou Alois Bischofberger, em um estudo do instituto Avenir Suisse. Para o economista, o que existe hoje entre os bancos su��os � uma "repress�o financeira". "Al�m disso, o dinheiro barato n�o gerou uma alta no consumo", completou.


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