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Estado de Minas

Ap�s maior queda da s�rie no varejo no semestre, IBGE evita falar em retomada


postado em 09/08/2016 12:07

Rio, 09 - Apesar dos sinais positivos, o varejo ainda n�o vive um momento de recupera��o, mas sim de redu��o no ritmo de queda das vendas, avaliou Isabella Nunes, gerente da Coordena��o de Servi�os e Com�rcio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O volume vendido pelo setor teve ligeira alta de 0,1% em junho ante maio, ap�s a queda de 0,9% registrada no m�s anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Com�rcio.

"N�o houve melhora substancial ainda. Na margem a gente v� redu��o no ritmo de queda, um recuo menor do que nos meses anteriores. Mas os indicadores acumulados, que d�o a tend�ncia, ainda t�m recorde de queda, tanto no acumulado no ano e quanto no acumulado em 12 meses", disse Isabella.

Queda mais acentuada da s�rie

A redu��o de 7,0% registrada pelo volume vendido no primeiro semestre foi a mais acentuada da s�rie hist�rica, iniciada em 2001. O recuo de 6,7% acumulado em 12 meses tamb�m foi o maior j� visto.

O varejo opera 11,9% abaixo do pico de vendas registrado em novembro de 2014. J� o varejo ampliado, que inclui ve�culos e material de constru��o, trabalha 19,7% abaixo do pico registrado em agosto de 2012.

"Falar em recupera��o seria, no m�nimo, precipitado", alertou Isabella.

No entanto, na passagem de maio para junho, o desempenho das vendas (0,1%) foi o melhor dos �ltimos tr�s anos para o per�odo. A queda de 5,3% em junho ante junho foi a 15� taxa negativa consecutiva, mas menos intensa do que as registradas nos meses anteriores.

"Isso � um resultado bom para quem estava em trajet�ria descendente. Ele d� uma parada nessa trajet�ria, forma um quadro mais pr�ximo � estabilidade", contou a pesquisadora do IBGE.

Supermercados

A deteriora��o no mercado de trabalho e a infla��o de alimentos est�o prejudicando as vendas do setor de supermercados, segundo Isabella Nunes.

A atividade acumulou uma queda de 3,6% no volume vendido no primeiro semestre do ano, o pior desempenho (incluindo primeiros e segundos semestres) desde o primeiro semestre de 2003, quando a retra��o alcan�ou 6,7%.

"� uma atividade que concentra uma parcela maior do consumo das fam�lias, em especial das fam�lias de baixa renda. Se voc� tem redu��o da renda, aliada a uma press�o inflacion�ria, que � o que est� acontecendo aqui, isso traz impacto para o setor de alimentos e bebidas", afirmou Isabella.

A atividade de supermercados responde por cerca de 50% das vendas do varejo e 30% do varejo ampliado, que inclui tamb�m os segmentos de ve�culos e material de constru��o. Como tem peso importante para a taxa global do varejo, Isabella reconhece que a retomada das vendas passa tamb�m por uma recupera��o dos supermercados.

Em rela��o a junho de 2015, o volume vendido pelo setor supermercadista encolheu 2,9%. Na compara��o com maio, o recuo foi de 0,4%.

Embora as expectativas sinalizem melhora para a atividade econ�mica, a gerente da pesquisa afirma que os avan�os recentes n�o s�o suficientes para que se traduzam em consumo de fato. O setor seria mais sens�vel � evolu��o do mercado de trabalho do que aos indicadores de confian�a.

"Os sinais ainda n�o se traduziram em consumo", afirmou Isabella. "N�o basta s� expectativa para fazer consumo, basta renda", resumiu.

Isabella lembrou que a renda do consumidor continua em queda, assim como os postos de trabalho com carteira assinada e a massa de sal�rios pagas aos trabalhadores.

"A massa salarial � um resumo do mercado de trabalho, ela � um resumo do dinheiro em circula��o na economia", disse a pesquisadora, lembrando que o cr�dito mais caro tamb�m prejudica o desempenho do varejo.

Inverno e Dia dos Namorados

A chegada de um inverno mais rigoroso que nos anos anteriores e a troca de presentes estimulada pelo Dia dos Namorados beneficiaram alguns setores do com�rcio varejista em junho. O aumento no volume vendido de bens como roupas e cobertores ajudou a amortecer a tend�ncia de queda no varejo, apontou Isabella Nunes.

"Com a chegada de junho tem a chegada do inverno, ent�o tem maior demanda por agasalho, edredom, roupa", citou Isabella. "Al�m disso junho tem as datas festivas que beneficiam essas atividades de venda de vestu�rio e cal�ados."

As vendas de tecidos, vestu�rio e cal�ados aumentaram 0,7% em junho ante maio, enquanto o setor de outros artigos de uso pessoal e dom�stico, que inclui as lojas de departamento, avan�ou 0,8%. A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria tamb�m ficou no azul, com expans�o de 0,6%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Com�rcio.

"O inverno e as festas de junho beneficiam algumas atividades. Elas n�o t�m capacidade para reverter uma crise, mas amortecem a queda em junho. O movimento n�o muda o quadro (no varejo), mas beneficia setores que comercializam esse tipo de consumo", avaliou a gerente do IBGE.

O com�rcio varejista registrou ligeira alta de 0,1% em junho ante maio, ap�s a redu��o de 0,9% verificada no m�s anterior.

Trimestre

As vendas no com�rcio varejista encolheram 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, segundo os dados do IBGE. Na compara��o com o segundo trimestre de 2015, o volume vendido diminuiu 7,1%.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de ve�culos e material de constru��o, as vendas recuaram 2,2% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2016. Em rela��o ao segundo trimestre do ano passado, o varejo ampliado teve retra��o de 9,3% no segundo trimestre deste ano.


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